Já havia se passado um bom tempo desde que havia adentrado a floresta, a névoa engolia boa parte da região durante a noite e assim que a amanhecia parecia se espalhar como uma onda. Qualquer um teria problemas em se localizar por ali, até mesmo Suyoshi que havia passado uma boa parte de sua infância perdido sobre a vida selvagem. A progressão do treinamento era lenta, havia atingido um nível elevado, mas ainda sentia conseguir aprimorar seu poder de destruição, assim como se tornar ainda mais poderoso ao ponto de servir como uma muralha para qualquer ameaça que pretendesse invadir Kirigakure.

— Parece que aqui é o lugar perfeito, amiguinho. — Dirigia as palavras para o pequeno pardal pousado sobre seu indicador esquerdo, o animal estava lhe acompanhando desde que entrou na floresta, servindo como uma espécie de guia e um fiel companheiro.

Sem delongas Suyoshi deixou todos seus pertences sobre o caule de uma árvore qualquer, retirou a longa blusa que envolvia seu corpo e então começou a se aprontar para dar seguimento no que tinha em mente. A ave que estava por ali voou para o galho mais próximo, permanecendo inerte enquanto o garoto permanecia a deriva em meio a vida selvagem, envolto de árvores e a grama alta.

Era óbvio que adorava os treinos que fazia com seus companheiros de equipe, conseguia se divertir e sempre acompanhar o progresso que eles faziam diante de suas conquistas pessoais, assim como também tinha um grande apreço pelos treinos que executou sob a tutela de Misato, a mulher se mostrou atenciosa e sempre esperava por algo maior nos resultados. Entretanto, o momento ideal para se evoluir no momento era sozinho, longe de qualquer influência externa, apenas desfrutando da experiência própria e arcando com as dificuldades que viriam a aparecer.

— É... Em algum momento eu iria ter que lidar com isso mesmo. — Estava sereno, apesar de sentir a energia natural começar a fluir para dentro de seu corpo de forma descomunal, como se estivesse sendo possuído por aquilo e não conseguisse conter de modo algum.  As dores de cabeça iriam vir caso tentasse lutar contra, juntamente viria o ódio e a raiva, sem explicação alguma, simplesmente sendo engolido pela irracionalidade, se deleitando em meio a destruição.

Dias antes, entrou em um consenso consigo mesmo, se aquele "outro" ser viesse a tona, ele debandaria sobre qualquer um que fosse, amigo ou inimigo. Suyoshi não poderia evitar, era sua natureza, então precisava tornar aquilo uma arma que disparasse ao seu favor.

— Que seja agora. — Fechou os olhos e então deixou que todo o ar que fluía sobre seus pulmões se esvaísse de uma única vez. Não lutou contra, apenas deixou aquilo viesse de uma única vez, trazendo as marcas negras, a dilatação das veias e a contração da pupila. Ainda estava racional, mas a raiva lhe envolvia e isso seria péssimo para alguém que pretendia se concentrar ao máximo.

Seus olhos rapidamente percorreram pelo local, a falta de luz atrapalhava, assim como a presença da névoa, mas facilmente conseguiu encontrar o pardal que ali estava, o animal indefeso estava parado, como se estivesse petrificado. Tudo o que conseguiu foi lançar um horrendo sorriso para o mesmo, fazendo com que o tal se incomodasse e consequentemente levantasse voo.

A situação era favorável, afinal foi ali que teve certeza o que pretendia. A criatura indefesa batia suas asas, conseguindo se mover com maestria enquanto se deslocava pelo ar. O que seria do mesmo caso seus predadores tivessem acesso a ele? Os pequenos pardais ainda existiam caso os outros animais também pudesse voar para alcançá-los? Suyoshi se indagou da perfeição da natureza, afinal poderia quebrar essa perfeição ao simplesmente se moldar diante dela.

Com frieza flexionou os joelhos, manteve os braços apontados para baixo; não iria precisar deles agora. A musculatura dividida sobre seu corpo era aparente, isso por conta dos últimos treinos voltados para o aumento de sua força, demonstrando sua evolução física diante de todas as situações que vivenciou com Misato. Os olhos estavam fixos para o céu, como se tivesse um alvo, apesar de quase tudo estar turvo sobre a névoa.

— Eu teria inveja dessas asas... — Firmou os calcanhares e de uma única vez alavancou o próprio corpo para cima, como se suas pernas trabalhassem como pistões, somando toda a força que o genin nutria até então. Como um projétil rasgou o ar, subindo mais alto que boa parte das árvores que haviam sobre a região. — Mas eu mesmo posso criar as minhas! — Esbanjou uma gargalhada histérica, enquanto atingia o ponto máximo e entrava em processo de queda livre.

As manipulações em cada um dos membros eram simplórias, conseguia trabalhar com elas abertamente, abusando de toda a intensidade que a energia natural conseguia lhe ceder, mas agora iria fazer algo diferente, diversificaria o uso para que conseguisse projetar protuberâncias sobre as costas, pequenas apêndices côncavas com uma abertura em seu centro. Grunhiu enquanto sua forma era alterada, as marcas negras em seu corpo cintilavam e se moviam sobre sua pele e moldavam-se para criar as mudanças. Parecia pronto para continuar caindo, mais e mais, porém assim que a manipulação se formou, disparos contínuos de energia natural dispararam das aberturas, fazendo com que o shinobi fosse impulsionado alguns metros para frente e posteriormente se movendo conforme a pressão emitida.

Obviamente não poderia voar como um pássaro, mas conseguia se locomover e desviar sobre o ar e também amortecer qualquer queda ao qual fosse submetido. Entretanto, havia um porém, quanto mais desfrutava do uso da energia natural, mais o seu corpo dava abertura para que essa fosse absorvida, causando um número maior de dores de cabeça e consequentemente lhe fazendo perder os sentidos básicos gradualmente.

Queria se manter acordado, pelo menos por aquela noite, então decidiu que retornaria, lutando para conter qualquer avanço que o senninka ousasse fazer e tomar a posse de seu corpo.

Considerações:

Se passou mais um tempo desde sua estadia na floresta, estava conectado com o ambiente e mesmo que estivesse sendo bombardeado pelo constante fluxo da energia natural, ainda conseguia se manter nos padrões, apesar que até então havia sido muito estressante conseguir se conter sem que começasse a vagar irracionalmente em busca de alguma vítima.

Já era tarde, desta vez a névoa havia abaixado um pouco, apesar que ainda havia uma boa quantidade da mesma pelo lugar; o bastante para qualquer shinobi que fosse proficiente na arte do Sairento Kirigu pudesse executar a sua matança. Havia encontrado uma árvore velha, antiga o suficiente para haver um buraco que se formou entre as raízes que saltavam para fora da terra e agora eram tão espessas quanto um tronco normal, no momento pareceu ser um local bom para passar as noites e conseguir descansar. Juntamente ao genin, haviam uma série de passarinhos, o bastante para que conseguissem preencher um galho inteiro, todos pareciam torcer pelo seu amigo humano que se mostrava confiante em seus treinos.

O suor escorria pela testa de Suyoshi, seu corpo estava quente o suficiente para que as baixas temperaturas não lhe afetassem, estava ofegante e uma série de esfolados se encontrava sobre seus punhos. Até então estava descalço e sem camisa, utilizando apenas as calças que vestia sempre.

— Ainda não é o que eu espero... — Torceu os lábios ao observar o resultado a sua frente, onde havia uma extensa parede de pedra que até então também apresentava sinais de golpes, possuindo fissuras mínimas e pequenos desmoronamentos. A estrutura natural era grande, se tratando de uma rocha de pelo menos quinze metros, onde apresentava uma mescla com o ambiente, estando coberta por algumas árvores e tipos distintos de vegetação.

Sem pestanejar recuou a mão destra, o suficiente para que conseguisse uma posição ideal para mais uma vez desferir um poderoso soco diante da rocha. O golpe rasgou o ar, despejando de uma única vez todo o impacto que o shinobi conseguia exercer usufruindo de sua força. Um estrondo se levantou, assim como a região estremeceu e mais algumas fissuras de abriram, porém, aquilo ainda não era o resultado que agradaria. Enquanto não conseguisse destruir aquilo em razão de um poderoso golpe, não tinha motivo algum para se alegrar.

Desta vez repetiu o ciclo, mas utilizando a mão canhota, revezando o ataque de forma que não perdesse tempo algum durante os intervalos entre cada um dos golpes. Uma fissura maior se expandia de acordo com cada pancada, assim com uma má formação em formato côncavo surgisse e se aprofundasse cada vez mais.

O olhar firme e atento de Suyoshi apenas se voltava para frente, tinha o centro da pedra como seu alvo e a cada soco aplicava ainda mais força, como se o cansaço apenas lhe fizesse progredir em razão de sua força de vontade. Já estava complicado de trabalhar a respiração nessa altura, porém mesmo assim não cessou.

Não que o gennin fosse alguém organizando ao ponto de contar cada um dos golpes, mas a sua vontade de destruir aquilo lhe fazia manter um controle de quanto era necessário para que transformasse tudo aquilo em poeira, ao todo seriam 100 socos, um com cada mão, de modo que todos aqueles que viessem após o impacto da direita servissem como complemento, para simplesmente finalizar o trabalho que a primeira começou.

Na mesma sequência, com o mesmo pensamento, nos mesmos golpes e com toda a intensidade que tinha para aplicar, levou o dobro de socos para que conseguisse afrouxar seu alvo para que pudesse detoná-lo de uma vez só, fazendo com que explodisse em pequenos pedregulhos. A rocha que ali estava até algumas horas atrás se tornou um amontoado de pedras, o qual provavelmente seria engolido pela flora da região.

— Eu não vi aqui para isso, ainda não é o suficiente. — Comentava observando os ferimentos sobre os punhos. Por mais que doesse, não sofria de modo algum.

Treino de Força
3.910 caracteres, 661 palavras

O tempo em que passou treinando com Misato serviu de inspiração para que conseguisse desenvolver bons métodos para elevar sua própria força, a mulher tinha meios bem viáveis para alguém que pretende se fortalecer fisicamente, porém o maior trunfo de seu treinamento era toda a pressão psicológica que ela conseguia transmitir a quem quer que ela estivesse ajudando. Apesar de tudo a experiência havia sido construtiva, o garoto passou a entender melhor a si mesmo e as pessoas após seus últimos diálogos com a mulher.

Suyoshi conseguiu juntar uma boa quantidade de cipós, amarrando uns aos outros e fazendo pequenos trançados para que se tornassem mais firmes, então reuniu uma série de troncos caídos de modo que os cipós envolvessem eles e os tornasse um único monte de madeira. A princípio seria simples carregá-los, havia feito um treino parecido anteriormente, mas usando pedras de tamanho médio e mais tarde utilizando âncoras de navios, mas agora não iria simplesmente arrastar todos os troncos, mas sim tentar escalar enquanto estes lhe pressionavam para baixo, de modo que uma queda se tornaria fatal e todo o progresso seria perdido.

Obviamente toda a plateia do gennin estava lá para prestigiá-lo. Todas as aves que lhe acompanhavam estavam em repouso sobre o monte de troncos de madeira, estes acompanhando o desenvolvimento de seu amigo humano que trabalhava firmemente para escalar um grande paredão de pedra que se levantava pela costa.

Cair seria o fim, afinal o peso faria com que afundasse sobre a água e provavelmente teria pouco tempo para resistir, mas isso não lhe preocupava de modo algum, a confiança de que iria conseguir era gigantesca. Nesse ponto já havia passado um bom tempo por ali, todas as situações que vivenciou até agora lhe fizerem acreditar mais em sua força.

— Grrrrrr! — Precisou se esticar todo para alcançar um pequeno revelo sobre a parede, de modo que conseguisse impulsionar-se para cima e então consequentemente se aproximar ainda mais do topo. Estava sendo bem cuidadoso até o momento, qualquer descuido ou escorregão lhe faria cair.

Sobre sua barriga estavam amarrados os cipós, estes que complementavam pelo menos oito voltas e seguiam firmes o suficiente para aguentar todo o peso. Todo o corpo de Suyoshi trabalhava para que este conseguisse manter as forças, era como se fosse ceder caso resolvesse relaxar mesmo que por alguns segundos, a tensão lhe impedia de conseguir ter a menor das comodidades; pelo menos assim poderia sentir progressão caso conseguisse sair vivo.


Alguns minutos foram essenciais para que pudesse se locomover na escalada, abusando das protuberâncias que haviam sobre as paredes e vez ou outra causando fissuras para que conseguisse um alicerce para que pudesse se mover, de tempos em tempos conseguia se atirar em manobras mais arriscadas.

No momento em que conseguiu atingir o topo, seu corpo parecia não responder mais. Os pássaros que estavam outrora nos troncos voaram, estes pousando sobre a barriga do garoto que apenas se mantinha inerte encarando o céu. Havia terminado mais uma vez, colocado a própria força a prova, mas ainda havia um ponto extremo no qual queria chegar, precisava utilizar aquilo de forma ofensiva, mas até onde iria o seu poder destrutivo após insistir tanto no ganho exacerbado de força? Teria que testar assim que estivesse pronto para qualquer outro treinamento.

Treino de Força
3.412 caracteres, 556 palavras

Havia atingido níveis monstruosos, não havia rocha dentro daquela imensa floresta na qual não poderia destruir, assim como não haveria ser que pudesse medir forças consigo por um bom tempo. Se sentia poderoso, mas mesmo assim entendia que não era o limite, havia algo a mais no qual queria trabalhar, não bastava ser apenas forte, queria ser insuperável, suportar o mundo em seus ombros caso fosse necessário.

Os dias se passaram, havia executado quase todas as técnicas que conhecia para conseguir se superar, porém, não havia nada que realmente lhe tornasse tão poderoso ao ponto de conseguir montanhas. Cada vez mais os pássaros lhe acompanhavam, era como se houvesse uma gigantesca plateia, todos esperando para entender qual era o desfecho daquele gennin que ousou superar as barreiras de seu nível. Jamais alguém iria entender, como um garoto com tamanha força poderia ser apenas um gennin?

Suyoshi parou próximo de um pequeno pico montanhoso, o tal era coberto pela vegetação e então apenas aparentava ser uma imensa colina que agia como um desvio natural. Suas vestes até então estavam rasgadas, todos os pertences já não estavam mais consigo e a sua aparência era deplorável, como se tivesse tido poucas noites de sono e evitado com frequência os banhos. Acordado apenas pensava em treinar e toda vez que pregava os olhos apenas pensava em quando acordaria para treinar novamente, não houve um segundo desperdiçado.

— Entendo... — Uma pequena lagarta estava sobre o indicador direito do garoto, no qual servia como uma espécie de guia, orientando o mesmo a encontrar o local que realmente pretendia chegar. — Eles não vão mais incomodar vocês, isso eu garanto. — Antes de seguir para o pico, apenas se aproximou de algumas folhagens e deixou o animal por ali. Os pássaros ao redor se assentaram em meio aos galhos e não atravessaram nenhum centímetro a frente desde que haviam parado por ali. — Muito obrigado meus amigos, sem vocês eu jamais teria encontrado. Suyoshi será eternamente grato, estou em dívida para todo sempre. — Então partiu, enquanto acenava para todos os animais que dessa vez não lhe acompanhariam na última etapa de seu treinamento.

Perambulou sobre a mata, na qual precisou se manter um pouco mais atento para escalar as pequenas depressões que se abriam no terreno, se agarrando sobre as raízes das árvores que não conseguiam mais se manter no solo rochoso e também se esgueirando entre os pedregulhos que estavam próximos a desmoronar. Algumas horas foram o suficiente para que chegasse ao topo.

— É isso... — Direcionou a mão sobre a cintura, recolhendo o pequeno cantil de bambu que havia por ali, bebendo o resto da água que ainda preenchia o recipiente. — Vamos começar, Suyoshi.

Retirou o que restava da camisa, fechou os olhos e então estufou o peito. Estava se concentrando, o suficiente para que todos os músculos enrijecessem, queria reunir toda a força que possuía, para então começar de vez seu último teste, aquele que realmente lhe garantiria a força absoluta, se tornando então, inegavelmente, O SHINOBI MAIS FORTE DO MUNDO.

De uma única vez Suyoshi juntou os antebraços a frente do rosto, fechou os punhos e liberou de uma única vez o ar que havia em seus pulmões. Os joelhos se flexionaram e então com uma movimentação precisa, fez com que os braços riscassem o ar ao realizarem um movimento simples, no qual consistia apenas em recuar os cotovelos e posicionar os punhos em proximidade ao estômago. Apenas o movimento de seus membros fez com que uma forte onda de vento se levantasse, fazendo com que as vegetações ao redor cedessem a pressão.

Permaneceu imóvel tempo o suficiente para entender o terreno, era um grandioso pico, este que certamente iria desmoronar caso prosseguisse com os golpes, consequentemente lhe levando junto e toda a fauna que havia por ali. Entretanto, havia feito uma promessa com seus amigos animais, estes viam essa localização como um lugar amaldiçoado, diziam que uma criatura horrenda viviam em baixo de todo aquele amontoado e então evitavam entrar ali, infelizmente isso acabava evitando o acesso desses animais para uma região ao norte, onde eles poderiam chegar até um longo braço de um lado que se dividia por ali, havendo comida e água para estes.

Aquele lugar precisaria cair, não importava como, o garoto insistia que destroçaria o pico como se fosse uma simples lata de sardinha. Estava motivado, então não ficaria mais parado, tinha trabalho a fazer e então decidiu que colocaria isso em prática.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! — Gritou em meio a um poderoso soco que desferiu com a mão destra rumo ao solo, este tão rápido e potente que fez com que a região estremecesse, destroçando uma abundante quantidade de rochas, nas quais mais despencaram para baixo enquanto outras simplesmente se tornaram poeira. Sem cessar, trabalhou para realizar outro golpe, tornando o estrago pelo menos cinco vezes maior que anteriormente.

De soco em soco, Suyoshi simplesmente se viu no meio de uma paisagem caótica, na qual ao seu redor apenas haviam rochas destroçadas, árvores que despencaram e uma quantidade imensa de poeira que tomava conta do ar. Os socos fizeram com que uma enorme cratera se abrisse em meio ao morro, onde cada vez que desvia mais, uma quantidade grandiosa se desmoronava ao seu redor.

Já atingido um patamar grandioso, mas ainda precisava reduzir aquilo tudo a zero. Parou com os socos e então dessa vez executou um poderoso chute de cima para baixo, este como se fosse um poderoso martelo, deixando com que o calcanhar pressionasse o solo e então ao acertá-lo erguesse uma gigantesca quantidade de pedregulhos que se levantaram por pelo menos mais quarenta metros do local do impacto. Não parou por ali, após o chute, apenas saltou, deixando com que a pressão atuasse sobre o terreno e então ao sucumbir a queda, simplesmente fez com que às duas mãos ao se juntarem, atingissem o chão como se martelassem ainda mais o centro da região. O estrondo conseguiu ser mais alto que qualquer criatura pelos próximos quilômetros, assim como a causa do golpe, na qual fez com que restasse do morro simplesmente se tornasse pequenos pedregulhos que brevemente começou a desmoronar.

Suyoshi havia conseguido, havia feito sua promessa com os pequenos animais, mas no momento não poderia comemorar, simplesmente precisava sair dali para que não fosse subterrado sobre os destroços do desmoronamento. Usou uma rocha como apoio, onde flexionou os joelhos e de uma única vez se alavancou para longe, o suficiente para conseguir saltar para fora do local.

A deriva sobre o ar, mantinha os braços para trás, enquanto deixava o horrendo cenário de destruição. No mesmo instante, vários pássaros cruzaram seu caminho, todos atravessando o pico que lhe impedia de continuar. Todos estavam agradecidos e elogiavam o garoto, aquele havia sido sem dúvidas o melhor dia da sua vida, era como se visse um lugar em meio aqueles seres, afinal eles eram os únicos que lhe entendiam e não lhe tratavam como um monstro.

— Não foi nada, amiguinhos. — Enquanto estava em queda livre em direção as árvores, apenas conseguiu deixar com o glorioso sorriso de sempre marcasse presença em seu rosto.

7.187 caracteres, 1.194 palavras
Treino de Força