Naruto Lasting RPG
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O Novo MundoTrama Atual

Após uma longa e devastadora batalha contra o Imperador Iedolas Aldercapt, Isabel Uchiha emergiu vitoriosa, sendo coroada como a nova Imperatriz de Nilfheim. Como uma de suas primeiras ordens, a nova monarca ordenou o recuo das tropas do leste, dando um fim àquele terrível conflito.

Infelizmente, a vitória não foi gratuita. O trono fora conquistado através de perdas irreparáveis, e agora a salvadora do oeste guardava do mundo um segredo importante.

Enquanto isso, envenenado e escolhido pela escuridão, Orion Noctilucent tornara-se avatar de uma entidade maligna vinda do mais profundo abismo de Elyos, convicto de que é chegada a hora da verdadeira invasão demoníaca.

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DelRey
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{Alianças & Traições} — MOPN PARA RUKI ABARAIQua maio 12, 2021 2:56 am





Alianças & Traições


Graças aos esforços de Rokushi em sua última missão, um bando de cinco criminosos foram presos, salvando os reféns e evitando o roubo ao banco central de Kirigakure. Uma vez que os serviços do garoto foram dispensados, a equipe de inteligência entrou em ação, servindo como uma extensão do corpo policial, interrogando o grupo, já identificado como uma quadrilha e buscando compreender as motivações que os levaram até a tentativa de crime.

Nii, uma das detetives que compõe a equipe de interrogadores, já carregava em seu histórico um ritmo imbatível de quadrilhas e facções desmanchadas, até aquele pequeno grupo nenhum tinha conseguido evitar suas técnicas e tentativas de obter e adquirir informações relevantes. Passaram-se uma semana, Nii usou tudo o que sabia, ninjutsus de intimidação, genjutsus e mesmo assim as informações obtidas beiravam a inutilidade, entretanto uma delas era relevante: o grupo não estava completo, eles tinham mais membros, mas onde estavam? Onde se escondiam? Quem eram? Nenhuma outra informação era obtida.

Foi numa madrugada quando a proposta surgiu, um subalterno do bando estava disposto a entregar o restante, mas ele exigia algo: ele só contaria as informações obtidas para o ninja que tinha o parado naquele dia, ele estava curioso sobre o garoto, ele estava disposto até mesmo convencê-lo daquela vida. Nii estava desesperada, para ela tudo o que importava era seu histórico perfeito, as leis morais e éticas não lhe interessavam, uma vez que a proposta foi dada, ela pessoalmente buscou a Ruki, o convocando para lhe auxiliar naquela interrogação.

Diretrizes da Missão


— Sinta-se livre para desenvolver introduções como desejar, mas a partir do momento em que Nii lhe convocar, a missão será considerada iniciada.

— Você deverá lidar com formas de conseguir informações relevantes para Nii, sejam elas verdadeiras ou apenas ilusórias, em meio a missão você receberá propostas de aliança pelo bandido, podendo decidir o rumo do próprio personagem.

— Você foi chamado pelo ninja que estava utilizando o ninjutsu de gaiola, mas se desejar poderá interagir com outros além dele.

— Encerre sua postagem assegurando que Nii esteja convencida das informações que recebeu.

— Não será permitido nenhum tipo de tortura/gore explicitito para a conclusão da missão.

Informações Adicionais


— Missão: One-Post Narrada de Rank-C.

— Horário: 11h00 PM.

— Clima: Tempo fechado, com pouca bastante névoa & chuva forte.

— Técnicas, itens e afins deverão estar dispostos em spoiler da mesma maneira que uma postagem comum, bem como os gastos deverão ser realizados de acordo com o que for utilizado.

— Em caso de dúvidas, me contate via Discord ou MP (DelRey#8516).

— Prazo de Postagem: 15/05/2021 às 23h59 [Tempo extra por conta do horário da postagem].

Divirta-se & Boa sorte!!
DelRey
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Ruki
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Re: {Alianças & Traições} — MOPN PARA RUKI ABARAIQua maio 12, 2021 2:23 pm



ALIANÇAS & TRAIÇÕES

“Por que alguém que sabe usar ninjutsu faria uma coisa dessas?”

Ruki não conseguia tirar aquela dúvida de sua mente. A cena ainda estava bastante clara, e era diferente das enfrentadas durante sua jornada com os órfãos. Lá até os inimigos usuários de chakra eram nada além de mercenários perdidos. Nenhum deles tinha chances de ser um militar como aquele homem que prendia reféns em gaiolas – ele devia estar nas forças da vila sem sombra de dúvidas, então por quê? A resposta não vinha de lugar algum, e assim ele passou uma semana dividindo-se entre as pequenas tarefas cotidianas e preparativos a uma possível jornada shinobi regada a missões e dificuldades após sua primeira de nível C.

Mas aquilo o incomodava. Uma peça parecia faltar no quebra-cabeças daquela situação. Os policiais entrando de modo tão abrupto e encerrando sua participação na missão também lhe intrigava. Ele não queria duvidar das forças de segurança, claro, mas alguma coisa cheirava estranho. Traições não eram incomuns no mundo, ele entendia muito bem disso. Só não conseguia vislumbrar com exatidão de onde viria dessa vez – se é que aconteceria.

— Eu estou ficando paranoico — ele sussurrou ao vento enquanto olhava a chuva caindo na rua, sentado numa cafeteria barata no meio de Kiri. A noite já tinha caído, muita névoa se projetava entre as construções, mas ele estava com dificuldades para dormir desde aquela missão. Segurou a aba da xícara e trouxe até os lábios, o cheiro forte de café preto inundou seus sentidos e ele bebericou. Estava no tom ideal, sem adoçantes, apenas o sabor puro dos grãos moídos.

A porta do estabelecimento se abriu num rompante. Ruki teve sua atenção tragada pela ação. Viu uma mulher de cabelos pretos, curtos e molhados em uma farda policial entrando no recinto com os olhos a procura de alguém. O jovem shinobi apertou as sobrancelhas quando ela o encarou e andou em sua direção. Parou ao seu lado, ensopada de chuva, e com a postura firme disse: — Você é Abarai Rokushi, o ninja responsável pela prisão dos ladrões do Banco Central?

— Pode me chamar de Ruki…
—  Sou Nii, do time de Inteligência. Rokushi-san, eu…, nós precisamos de sua ajuda —
ela disse ajeitando as mãos atrás do corpo para colocar a postura alinhada como uma boa militar. — Venha comigo, explicarei melhor os detalhes no caminho, longe de certos ouvidos — ela disse aquilo afiando o olhar ao redor. Um casal desviou o rosto constrangidos. Ruki manteve a expressão confusa no rosto, mas acabou cedendo num suspiro.
— Ainda tem metade do meu café, espero que seja realmente urgente — resmungou levantando-se e pegando seu guarda-chuva apoiado na lateral da mesa.

Nii lhe deu uma única encarada firme, suficiente para fazê-lo parar de falar. Se ele poderia ser chamado de intimidador por algumas posturas, aquela mulher era dez mil vezes pior. O café ficou para trás ainda fumegando, ele já estava pago. A mulher tomou a frente e os dois saíram contra a chuva. Ruki fez questão de abrir o guarda-chuva, detestava ficar molhado como na época em que vivia nas ruas. Nii não se importava com aquilo, ainda mais fardada. Ele até balançou a mão oferecendo que dividissem o acessório, mas ela bufou e saiu andando a passos firmes; ele correu logo atrás nas roupas cotidianas dele.

— Então pode me explicar agora o motivo desse chamado de urgência?
— Desde a captura dos bandidos estamos tentando encontrar mais informações e vestígios sobre a quadrilha. A única coisa que descobrimos é que ainda há outros membros espalhados por aí. Só que nenhuma técnica de interrogação tem adiantado, não conseguimos arrancar mais nada além disso.
— Certo…, mas eu sou um mero genin, não tenho prática em interrogatórios. Para ser honesto nunca sequer cogitei trabalhar na Inteligência e…
— Isso é irrelevante —
ela o interrompeu. — Pois um dos membros disse que está disposto a falar com você. Só com você. — Nii estalou a língua no céu da boca em desdém. — Por isso vim pessoalmente lhe trazer até onde ele está. Preciso que você descubra onde estão os outros, quantos são, quais os objetivos deles.

Ruki parou no meio da rua vazia, as luzes dos comércios não alcançavam mais o chão. Os restaurantes, bares e cafeterias eram as únicas coisas em funcionamento. Muitos civis dormiam tranquilos em suas casas enquanto um esquema criminoso podia estar serpenteando para dentro de suas moradas a qualquer instante. O ritmo do coração alterou o compasso. Aquilo era ser um ninja – estar nas sombras protegendo as pessoas. Ele respirou fundo e soltou o ar reorganizando os pensamentos numerosos demais. A expressão outrora neutra, até cansada, firmou-se com sobrancelhas vincadas, lábios endurecidos e linhas de expressão menos amistosas.

— Ele explicou o motivo dessa preferência?
— Não.
— Você tem alguma ideia do motivo?
— Se eu tivesse não teria vindo no meio da chuva lhe buscar. Teria dado um jeito de continuar arrancando informação.
— Ele falou mais alguma coisa?
— Você vem ou não?


Ruki suspirou.

— Farei meu melhor para conseguir essas informações.
— É o mínimo que você tem a oferecer, shinobi.


Ele assentiu em silêncio e voltaram a caminhar em direção ao quartel do time de Inteligência da vila. Ruki não sabia de nada além do tipo de serviço prestado, algo ensinado na academia como aula obrigatória. Quando ainda estava aprendendo a respeito da carreira militar nunca tinha pensado em se tornar parte daquilo, pois acreditava que seria mais útil estando na linha de frente – ou ao menos auxiliando os soldados na linha de frente como havia aprendido na infância.

Enquanto andava logo atrás da policial, um sabor amargo completamente diferente do café sem açúcar começava a dançar na ponta de sua língua. Aquela pergunta tão constante e sem resposta dentro dele talvez fosse sanada naquela noite.

— Qual deles quis minha presença? — Ruki perguntou com a voz firme para que ultrapassasse o som da chuva arrasando os telhados.
— O usuário de ninjutsu — disse despreocupada.

Algo floresceu no estômago do shinobi. “Sim, eu finalmente poderei entender”, ele respirou fundo inflando o peito enquanto ficavam mais próximos do QG. Nii foi entrando sem muita cerimônia e os outros homens de farda no local bateram continência. O adolescente fechou o guarda-chuva com calma dando batidinhas contra a parede no lado de fora para não molhar demais o interior do prédio. Balançou a cabeça ligeiramente aos demais membros do corpo policial e botou o acessório fechado numa lixeira para escorrer.

— Pare de perder tempo com inutilidades e venha logo — Nii reclamou com o corpo deixando um rastro aquoso por onde passava.
— Sim, senhora.

Apressaram os passos indo mais fundo no QG. Os corredores eram cinzentos e apertados. Era possível ouvir o barulho da chuva do lado de fora acertando as paredes e telhados no andar de cima. Inevitavelmente, ele acabou lembrando das chuvas torrenciais vividas quando não tinha um lar. Dias difíceis, mas que ele abraçava as memórias como símbolo de sua capacidade em adaptar-se e crescer – ou era nisso que ele buscava se agarrar para não sucumbir a sensação de não ter valor algum.

Chegaram na frente de uma porta de ferro cujas chaves saíram do bolso de Nii. Ruki olhou um guarda ao lado da entrada. Os ombros firmes, a postura impecável. Ele mal parecia respirar de tão imóvel. A porta se abriu e os dois acessaram. Dava para uma sala menor com um vidro mostrando uma sala maior onde o usuário de ninjutsu estava sentado algemado.

— Ele não pode usar chakra?
— Não. São algemas especiais, elas bloqueiam o chakra de quem as usa.
— Certo. Ele nos escuta daqui? —
Nii rejeitou com a cabeça. — Ok. Posso entrar?

Nii indicou o acesso a sala de interrogatório. Ruki parou na frente da porta e puxou as mangas de seu suéter até os cotovelos. Botou a mão na maçaneta e um arrepiou atravessou sua espinha. No instante seguinte, estava dentro. O homem abriu um sorriso, os ombros aliviaram.

— Finalmente me trouxeram você… como se chama?
— Rokushi —
disse-lhe dando a volta na mesa e sentando do outro lado da mesa. — Muito prazer…
— Shinsekai Makoto. O prazer é todo meu.


Ruki endireitou a postura na cadeira e tentou achar como guiar aquela conversa. Precisava descobrir sobre a quadrilha, mas tinha suas próprias dúvidas para tirar. Odiava ficar sem entender as coisas. Makoto, por sua vez, parecia notar algum questionamento pairando na mente do garoto e seu sorriso se entortou ainda mais, faltavam dois dentes.

— Vamos lá, você não veio aqui para ficar em silêncio, isso qualquer idiota nesse lugar conseguiria fazer. Sei que te pediram para tentar arrancar coisas de mim, eu mesmo disse que só falaria com você. No entanto, eu não quero saber de entregar tudo facilmente, preciso te conhecer melhor. Você quer me conhecer melhor também, Rokushi-kun?
— Makoto-san, eu, sinceramente, não me importo muito em lhe conhecer —
Ruki ignorou quaisquer modos. — Na verdade, eu estava tomando um café maravilhoso antes de ser trazido aqui. Gostaria apenas de descobrir o que me pediram, pois é a minha missão.
— HAHAHAHAHA!


Makoto explodiu uma gargalhada sacudindo o corpo, os olhos apertados cheios de deboche. Ruki tentou manter a compostura, mas seu coração estava acelerado. Precisava atuar muito para não quebrar a postura. Então vincou as sobrancelhas, mostrando uma faceta menos neutra, mais irritadiça, para tentar intimidá-lo. Makoto acalmou a risada com uma careta debochada.

— Calminha, garoto, não precisa ficar assim — fez troça dele —, eu quero muito conhecer um ninja tão furtivo como você. Afinal, você fez o que um ninja devia se responsabilizar a fazer: agir nas sombras.
— Você parece entender muito de ninjas, até sabe manipular o chakra, Makoto-san.
— Como não saberia se eu fui um?! —
Makoto respondeu e voltou a rir. — Não me entenda mal, garoto, mas não sou o único assim. E você logo entenderá o motivo.
— Entenderei? Você acha que eu acabarei roubando bancos como um fracassado?
— Talvez não agora. Você é jovem, ainda tem muitas chances para ser ferido ou assassinado pela frente. E quando não servir mais, você será deslocado e abandonado… como se fosse apenas uma ferramenta. Isso é o serviço militar.
— Essa é sua desculpa para assaltar bancos? —
Ruki abaixou o suéter até os punhos, cruzando os braços na frente dele. Makoto notou cada detalhe, era astuto com a percepção. — Se sentiu abandonado?
— Eu não me senti abandonado, eu fui abandonado. Todos nós seremos eventualmente. Ou deixaram de ensinar na academia que ninjas são ferramentas militares e devem ser usados para os fins necessários à nação? Lembro de estar intrinsicamente ligado ao papel de um shinobi.
— Ainda que seja… você poderia usar suas habilidades para muitas coisas, por que decidiram assaltar um banco?


Makoto bocejou relaxando sobre a cadeira. Ruki entendeu que ele não daria uma resposta tão direta sobre o problema. E ele ainda não tinha entrado de fato nos assuntos solicitados pela Inteligência. Suspirou descruzando os braços e apoiando-os na mesa fria e metálica. Trouxe o corpo mais para frente, chegando à beira da cadeira. Os dois sustentaram um olhar profundo se estudando. Ruki não sabia como arrancar aquelas informações, ele não tinha mesmo domínios em interrogação.

Num suspiro, ele voltou a encostar as costas na cadeira e botou as mãos nos bolsos.

— Eu sinto muito pelos danos e pela morte de seu outro companheiro.
— Não sinta, garoto. Esse mundo não sentiria se fosse com você. Nenhuma dessas pessoas com quem você está trabalhando neste momento sentiria uma coisa sequer pela sua morte. Isso é uma guerra.
— Guerra contra sua própria nação? Vocês são revolucionários?
— HAHAHAHAHA! Escute o que você mesmo está falando, Rokushi-kun. Se fossemos uma cédula revolucionária não estaríamos assaltando bancos. Não, não somos tão nobres assim em nossas intenções. Apenas cansamos de esperar bondade dos mesmos homens que nos deixam morrer de fome após não servirmos mais.
— Isso faz sentido… por que exatamente lhe abandonaram, Makoto-san?
— Minha perna direita. Ela é apenas uma prótese de madeira, embora tenha uma articulação boa, não serve mais para o combate. Perdi minha perna em combate no País das Ondas… naquele inferno… —
Makoto deixou a voz se perder e seus olhos ficaram atônitos encarando a mesa por alguns instantes antes de retomar devagar: — Mas isso não é incomum. Não fui o primeiro, nem serei o último a sofrer algo assim nesse sistema militar.

Ruki sentiu um peso em seu coração. Sango falava coisas parecidas no passado, lembrando como gente como eles eram apenas párias, ninguém se importava com pessoas assim. Ruki tentou manter a concentração para não mostrar demais de seus sentimentos sobre aquilo. Mas era inegável o fato de aquelas coisas fazerem algum mínimo sentido. Se ele tinha lutado e realmente fosse um ninja, abandoná-lo era simplesmente terrível. Só que ele não fazia as regras, era apenas um genin tentando crescer como shinobi. Tentando se tornar alguém forte. Não pela nação, embora ele trabalhasse diretamente para ela; ele só queria ser capaz de proteger a si mesmo e pessoas importantes para ele.

— Você se daria bem em nosso grupo — Makoto falou baixinho e Ruki apertou as sobrancelhas em reflexo. — É isso mesmo. Você tem agilidade, eu vi como sabia manusear bem suas armas, e é muito furtivo. Nosso time está carente de pessoas assim. Aquelas que agem nas sombras.
— E por que eu deveria segui-los?
— Porque algo me diz que você sabe como é ser abandonado e todos esses caras foram abandonados. Pela família, pelos amigos, pela sociedade, pelo sistema. Não somos nada além de seres deixados de lado tentando sobreviver a essa insanidade toda.
— Isso não é desculpa para ferir inocentes —
Ruki rebateu lembrando dos reféns, porém, no mesmo instante sua voz perdeu a força.
— Eles pareceram feridos? Eram apenas peças para nós termos condições de escapar…, mas eles mandaram alguém dos bons. Alguém que deve ter um nível superior ao que lhe deram. Sim, com certeza, eu te colocaria facilmente num bom pelotão se ainda fosse ninja. Não com crianças recém saídas da academia, nem para correr atrás de cães e gatos de rua, não. Você é melhor que isso. E com nosso grupo poderia se desenvolver ainda mais. Se tornar mais astuto, mais ágil, mais forte.

Ruki entreabriu os lábios, mas não conseguiu falar. Sentia-se um pouco ignorado desde a academia. Talvez fosse carente demais em alguns aspectos, mas a verdade é que elogios não eram recorrentes em sua vida. Sentia-se despreparado para grandes coisas…, mas ouvi-lo falando o fez pensar se não era apenas por condicionamento. Se… talvez… só talvez… ele não fosse realmente forte e útil suficiente para participar de coisas muito maiores.

— E onde eu posso encontrá-los?
— Oh, oh, oh…, alguém parece interessado —
Makoto sorriu mostrando o dente em falta. — Mas não. Não irei lhe dar essas informações, policial-san.
— Pode me falar alguma coisa sobre vocês ao menos? Qualquer coisa que me ajude a… —
Ruki deu uma espiada por cima do ombro, sabia que Nii deveria estar lhe observando atrás do espelho.
— Ainda restam cinco de nós. Quatro são cardeais, entre eles você pode descobrir alguma coisa. Três horas são necessárias. Dois quarteirões podem ser arrasados. A única certeza é que todos foram abandonados.
— Obrigado, Makoto-san.


Ruki se levantou e voltou a puxar as mangas do suéter até os cotovelos. Andou despreocupado e saiu da sala. Quando a porta fechou-se atrás dele, respirou aliviado como se tivesse trancado o ar por vários minutos. Nii lhe encarou com a sobrancelha erguida.

— Você por acaso…
— Não pense esse tipo de coisas de mim —
Ruki a interrompeu. — Eu apenas tentei falar coisas que ele queria ouvir. Não me interessa nadinha me envolver com essas pessoas.
— Tem certeza? Eu olhei seus registros.
— Então sabe muito bem como viver com gente assim é uma grande tragédia, não sabe? —
Ruki abriu um sorriso triste. — Seja como for eu acho que consegui alguma coisa valiosa, não?
— Um enigma. Você conseguiu um enigma. Mas se conseguirmos resolvê-lo, sim, teremos alguma chance de capturá-los. Mandei alguém ir investigar o nome dele e descobrir seus dados como shinobi igualmente. Seu sobrenome foi lembrado por um companheiro que esteve observando. Ele pode ter mentido ou enrolado muitas informações, mas falou mais do que conosco. Muito obrigada pelo seu trabalho, Rokushi-kun.


Ruki foi até a porta de saída dando de ombros.

— Tem certeza que não gostaria de trabalhar com a Inteligência da vila?
— Vai saber —
ele abriu a porta e olhou por cima do ombro —, no momento eu só quero tomar um bom café e ir descansar.

Ele a deixou sozinha na sala e partiu com o dever cumprido; mas ainda mais coisas rondando sua mente.

Considerações:
Bolsa de Armas:
Jutsus Usados:

HP: 221/212 | CH: 125/125 | PDC: 00 | 2700 Palavras (+/-) | OPN
Ruki
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DelRey
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Re: {Alianças & Traições} — MOPN PARA RUKI ABARAIQui maio 13, 2021 8:03 pm





Comentários


Do início ao fim o texto é bastante fluído, as formas como os parágrafos são rápidos e bem desenvolvidos, além dos personagens secundários e do próprio Ruki sempre serem tão presente e objetivo nas cenas acaba tornando algo que facilmente podia ser maçante pelo número de palavras requeridas em um texto leve e prazeroso de ler e acompanhar, trazendo uma leve ansiedade a cada novo paragrafo sobre o desfecho de toda a história. Além disso, o desenvolvimento e personalidade dado para Nii foi bastante divertido de acompanhar, já Makoto acabou se tornando um “vilão” com um background interessante de ler, entender e acompanhar.

Eu gostei tanto da narrativa que prefiro poupar elogios, eu realmente queria e fui atrás de saber se narradores poderia recompensar os jogadores com maiores recompensas, no entanto é uma política única aos avaliadores pelo que entendi, mesmo assim: parabéns pelo texto.

@Missão One-Post Narrada de ranqueamento C aprovada!

Avaliação & Recompensas


Ortografia: 10/10
Coerência: 40/40
Adequação a Proposta: 40/40
Fluidez: 10/10
Total: 100%

+1 Atuação
+1 Intimidação
+1 interrogatório
+2 de Fama Neutra
+12 Ryous
+150 XP

DelRey
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Re: {Alianças & Traições} — MOPN PARA RUKI ABARAI