Naruto Lasting RPG
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O Novo MundoTrama Atual

Após uma longa e devastadora batalha contra o Imperador Iedolas Aldercapt, Isabel Uchiha emergiu vitoriosa, sendo coroada como a nova Imperatriz de Nilfheim. Como uma de suas primeiras ordens, a nova monarca ordenou o recuo das tropas do leste, dando um fim àquele terrível conflito.

Infelizmente, a vitória não foi gratuita. O trono fora conquistado através de perdas irreparáveis, e agora a salvadora do oeste guardava do mundo um segredo importante.

Enquanto isso, envenenado e escolhido pela escuridão, Orion Noctilucent tornara-se avatar de uma entidade maligna vinda do mais profundo abismo de Elyos, convicto de que é chegada a hora da verdadeira invasão demoníaca.

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DelRey
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{Colar Roubado} — MOPN PARA HYUUGA DRAGONQua maio 19, 2021 2:11 pm





Colar Roubado

Inocentes são aqueles que acreditam num futuro melhor, aqueles que temem as guerras e seus benefícios, aqueles que sonham com o delírio de paz. Kirigakure agora era coberta por uma névoa, mas não a comum de sempre, a névoa da guerra que atormentava seus moradores, os conflitos, tensão e indecisão que arrepiavam a todos os moradores locais, uma oportunidade única para aqueles que buscam uma vida melhor e mais fácil.

O gabinete de missões estava cada vez mais sobrecarregados, inúmeros pedidos e reclamações, demanda popular por segurança, a responsabilidade de manter o próprio vilarejo, a base de tudo, ainda em pé era de todos os ninjas de patente genin e por conta disso Dragon foi convocado para uma missão.

Uma família, uma casa mediana e um cofre que guardava um colar antigo, passado de gerações em gerações, a família foi atormentada numa noite, uma invasão criminosa, ninguém foi ferido, todos estavam seguros, mas o cofre foi roubado — suspeitos? Muitos, mas principalmente um amigo da família, o único que sabia sobre o segredo do colar.

Diretrizes da Missão


— Sinta-se livre para desenvolver introduções como desejar, mas a partir do momento em que for convocado a missão será considerada iniciada.

— Essa é sua primeira missão one-post e por isso eu trouxe uma narrativa mais libertina, dessa forma eu quero ver como você vai trabalhar os seus personagens e como você criará e dará vida aos demais envolvidos nas cenas.

— O culpado? É livre para você designá-lo da sua maneira, seja o amigo da família, um membro dela ou apenas um bandido comum se aproveitando.

— A narração inicial não exatamente define algum estado de Kirigakure, apenas é uma introdução a missão mesmo.

— Encerre a missão garantindo a descoberta e prisão do bandido, o colar em si não é o foco, poderá criar um desfecho diferente para ele, caso seja da sua vontade.

Informações Adicionais


— Missão: One-Post Narrada de Rank-C.

— Horário: 08h00 PM.

— Clima: Céu limpo, estrelado e com pouca névoa no vilarejo.

— Técnicas, itens e afins deverão estar dispostos em spoiler da mesma maneira que uma postagem comum, bem como os gastos deverão ser realizados de acordo com o que for utilizado.

— Em caso de dúvidas, me contate via Discord ou MP (DelRey#8516).

— Prazo de Postagem: 22/05/2021 às 23h59.

Divirta-se & Boa sorte!!
DelRey
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Dragon
Genin de Kirigakure

Re: {Colar Roubado} — MOPN PARA HYUUGA DRAGONSex maio 21, 2021 11:17 am


Missão Rank C – Colar roubado
Ato #01 – Quase sou o pior investigador de Kiri


A porta às costas do genin se fechou, deixando-o a sós no gabinete com o chunin responsável pelas designações. Tomou o papel em suas mãos, analisando a transcrição do que seria um depoimento da noite passada. Os ombros de Dragon despencaram, notando a seriedade do caso. Logo preferiu que tivesse sido convocado naquela manhã para escoltar senhoras pelo centro da vila ou procurar gatos fujões. Não por preguiça ou medo do desenrolar da tarefa, mas por questionar seu próprio potencial. Não havia se passado mais de um mês desde a morte de Suyoshi. Já não chorava como antes, mas a ausência do seu parceiro ainda era dolorosa. Fazia com que se questionasse se era forte o bastante para lidar com problemas maiores. Lambeu os lábios em aflição, pedindo a simesmo para manter a calma. Havia ganho esse involuntário senso de urgência e paranoia após as suas últimas falhas. Para o menino, cada segundo perdido vadiando poderia custar caro. Apenas tapeou a própria bolsa as suas costas, checando se havia levado os pertences mais importantes. Estava evidente que lidaria com criminosos e precisava tratar o risco à altura.

Alguns minutos de caminhada foram suficientes para chegar até a casa. Um edifício de proporções médias, não tão grande quanto a mansão dos Hozuki nem tão humilde quanto a sua própria. Havia um pequeno quintal com um gramado esverdeado logo na entrada. O portão de grades carmesim estava entreaberto, como se já soubessem que seriam visitados naquela manhã.

- Boa de casa? -
Gritou Dragon, sendo ignorado por quem quer que ali estivesse. Crendo que não seria errado fazê-lo, apenas se projetou para frente, avançando pelo reduzido jardim e buscando pelos seus contratantes. Bateu na porta de madeira lustrada, se identificando como ninja da névoa e sendo recebido por um senhor alto e de feições tristes. Tinha uma bigode volumoso e barba concentrada no queixo, com cabelos grisalhos por baixo de um turbante. Mesmo parado, sua postura era curvada, com a coluna envergada. Tentava forçar um sorriso. Seus olhos, no entanto, pareciam inchados, fazendo par com o nariz avermelhado e revelando um choro recente. Claramente abalado.


Aparência do Senhor Jyosai


A boca se curvou em uma saudação rouca, pedindo que o garoto se sentasse numa cadeira na sala de estar. Após alguns segundos de silêncio constrangedor entre eles, Dragon se pôs a interrogá-lo.

- Senhor Jyosai, pode me contar como tudo aconteceu? -


- Eu… certo. Desculpe. Eu e-… estava no quarto –
Suspirava por entre as palavras, como se ficasse nervoso só de lembrar – Minha mulher e filhos também… Entraram alguns bandidos e nos colocaram no chão. Eram dois. Foi mais de uma hora. Eu tenho certeza que foi. Quando eu saí, fui ver o que tinham levado... E… - Cerrou as pálpebras, tapando a boca ao conter as lágrimas, olhando para as paredes e teto, como se tivesse medo que tudo desabasse sobre sua cabeça. Tatsuki não sabia se a dor era por estar à beira da falência ou pela perda de um item secular, mas preferiu não julgar. Apenas aguardou o homem se recompor.

- E levaram tudo. Eram só duas pessoas –
Disse uma voz feminina no canto da sala, juntando-se à ele tanto a esposa, de idade também avançada, quanto dois pequenos rapazes, de não mais que oito anos.

- Eles entraram por ali –
Apontou, indicando a janela mais próxima. Ainda estava inteira, mas o ferrolho que prendia a madeira havia se quebrado. Qual a força que precisaria se colocar para fazê-lo? Não, o quão preciso precisava ser para não acordar ninguém ou destruir tudo. O genin pensou aquilo em silêncio, estudando a cena pacientemente. Com a licença deles, passou a estudar a residência. Buscou por marcas ou algum sinal que o ajudasse a recriar a cena, mas nada relevante veio à tona. Tempo e energia eram desperdiçados em uma procura ineficiente, até que um comentário lhe salvou.

- Foi o Kaya! -
Exclamou o senhor Jyosai enquanto Dragon passava pela varanda. Sua mulher o repreendeu, mas já era tarde para isso.

- Quem é esse Kaya? -
Indagou o adolescente, percebendo que esse era um ponto óbvio a ser questionado em todo interrogatório e o qual ele tinha deixado passar: A lista de suspeitos. Sentiu uma pontada de alívio. Já estava ficando angustiado com a ausência de resultados e aquele nome foi o bastante para trazer um pingo de ânimo.

- Um sujeitinho invejoso! Só ele sabia do colar -
Retrucou o velhinho, sendo interrompido pela mulher.

- Mas ele não é o único! Hora, vamos! -
Passou então a tecer comentários sobre pelo menos dez pessoas diferentes que tinham interesse no dinheiro. Seja por dívida, ego ou desentendimentos. Tatsuki, antes sem nenhuma ideia de por onde começar, agora tinha certamente um dia inteiro de visitas e entrevistas pela frente.

Ato #02 – Quem tem curiosidade vai à Roma, ou quase isso


Dez minutos foram o bastante para que o menino se recuperasse. Suas pernas antes bambas agora já se firmavam em uma caminhada rumo à sexta visita. Tinha de passear até os endereços apontados pelas vítimas, questionando os moradores e pedindo mais informações a eles. Claro, não havia tempo para pesquisar muito e um ladrão jamais admitiria, então passara a seguir um protocolo improvisado, porém efetivo, após os interrogatórios. Aquela casa em específico era do dito Kaya, o principal dentre eles. Era o único que sabia da herança e do valor que ela possuía e que apresentava interesse há muitos anos na peça. Dragon bateu à porta, ouvindo uma ligeira aproximação antes dela abrir violentamente.

- Pois não? -
Perguntou aquele que logo se identificou como proprietário assim que foi lhe explicada a situação. Era um adulto de idade entre trinta e quarenta anos, com um bigode chamativo e usando trajes sociais. Possuía um tom formal na fala, preservando os bons modos, recebendo o garoto e pedindo que se acomodasse ao sofá.


Aparência de Kaya

Sua casa seguia uma linha regrada, com detalhes dourados simétricos nas paredes e imóveis. A sala de estar passava uma boa sensação ao olhar, organizada com precisão milimétrica, cadeiras e objetos nas estantes com a mesma distância um do outro. Assim que se sentou, Tatsuki notou um único objeto fugindo do padrão. Na mesa entre ele e o anfitrião, um pequeno porta-retratos avermelhado continha um mosaico de imagens. A maioria era de momentos de Kaya com uma moça de cabelos dourados e sorriso cativante.

Aparência da Mulher


- É a minha mulher. Kaitlyn –
Disse quando notou que aquilo havia chamado atenção. Pediu que examinasse as fotos mais ao canto e lá havia dois outros rostos conhecidos. O senhor e a senhora Jyosai abraçados a ele. As falas que se seguiram, no entanto, foram totalmente diferentes da compostura que ele havia mostrado.

- Esse velho! Assim que roubaram veio me acusar! Eu nunca iria me rebaixar a isso! Nos conhecemos há anos e ele insiste nisso! Eu… Ah, vai… vai se catar! Não você! Ele! -
Falava cada vez mais alto, chegando a gritar ao final. Dragon o encarou com um olhar de espanto, levando-o a levar as mãos as bochechas, visivelmente envergonhado.

Não houve muito o que se extrair nos próximos minutos de conversa. O homem não só estava emotivo, como também tinha um forte álibi: Na noite passada havia ido a uma festa de família e dormido por lá. Segundo ele, haviam pelo menos oito pessoas para testemunharem a seu favor. Tatsuki coçou a nuca, temendo que aquela fosse mais uma visita em vão. Entretanto, ainda havia algo a se fazer. Despediu-se, agradecendo a colaboração e encontrando refúgio a alguns metros da entrada.

Havia uma grande árvore no outro lado da rua, longe o bastante para o menino não ser visto. O mesmo não podia se dizer em relação a Kaya e a qualquer um a quilômetros de distância. Os olhos esbranquiçados surgiram, consumindo a íris do Hyuuga e saltando as veias nas laterais do rosto. O kekkei genkai da família da sua mãe. Era o jeito mais prático de fazer uma busca sem levantar suspeitas. A sensação de atravessar paredes com aquela visão já era natural para Dragon. O dojutsu permitia que ele fizesse isso. Mas, querendo ou não, continuava a ser demorado e entediante. Viu cômodo por cômodo, da mesma forma que fizera com os outros suspeitos antes desse.

Já se aproximava do horário do almoço e ele não havia conseguido uma pista sequer. Assim como todos os outros, tudo que obtivera fora conversas rasas e algumas ameaças por estar sequer duvidando deles. Era surpreendente e ao mesmo tempo um saco como o ego das pessoas se inflava em situações como aquela. Kaya, por outro lado, fora o único que não o ofendera diretamente. Parte do ninja quis, no seu recanto mais interno, que ele fosse inocente. Antes que pudesse continuar, fora interrompido por uma outra visitante chegando à casa. Ou melhor, a moradora.

A mulher do rapaz era idêntica as fotos. Parecia não ter envelhecido nem um pouco em relação as imagens, com os cabelos lisos descendo até a altura da cintura e um sorriso estampado na face, que cintilou assim que abraçou seu esposo. Após alguns minutos, não tardaria para Tatsuki simplesmente desistir e sair andando. A moça já se dirigia ao quarto e provavelmente seria antiético ficar a encarando em circunstâncias tão… íntimas. Mas, seja por paranoia ou pelos hormônios do rapaz, valeu a espera.

Escondido por entre as roupas no armário, em um fundo falso, havia um objeto retangular. Algo de forma facilmente reconhecida. Ali, no quarto de Kaya, logo atrás das vestimentas de Kaitlyn, estava o colar roubado. Era ele, assim como apontado pelo senhor, o responsável por todo aquele furdúncio. Ou foi isso que Tatsuki pensou.


Ato #03 – A raiva assassina


Certo ou não, Dragon esperou. Seu coração martelava no peito enquanto buscava controlar a respiração. O suor caía da testa, indo de encontro ao queixo e caindo entre seus pés trêmulos e fincados no solo. Havia encontrado. De maneira tão pacífica que chegou a duvidar da realidade. Não seria ali um cofre particular e uma joia pessoal deles? A forma que o homem falou soou tão convincente que Tatsuki torcia para não ter sido tão ingênuo. Melhor, agradeceu por restar um pingo de paranoia e ter se comprometido a desconfiar. Era incerto até para o shinobi se estava aguardando por não saber como proceder ou se era só sua consciência pesando.

A voz dos contratantes logo saltaram à memória, lembrando-lhe de algo mais. Eram duas pessoas, segundo o depoimento. Teria então mais um envolvido ou seria a moça? Não havia sistemas de segurança ou algo realmente relevante para barrar a entrada de estranhos na casa dos Jyosai. Mas a chance de Kaitlyn ser inocente e estar sendo enganada… existia. A moral de Tatsuki pesou nos ombros. Não era um herói nem tentava ser, mas não poderia cometer um erro grotesco. Precisava reunir evidências contra seu esposo, de algum jeito. Garantir a inocência de algum, caso exista. Se certificou que não havia mais ninguém naquela rua e permaneceu ali, assistindo a vida alheia. Até que a mulher saiu. Quase meia hora depois de ter chegado. A oportunidade que o genin precisava. Checar para onde estava indo talvez fosse a melhor coisa a ser feita, por mais que deixar as joias ali fosse arriscado.

O ninja a seguiu, tentando manter-se furtivo. Seguiram por alguns bairros adiante a passos acelerados. A princípio, o menino pensou que havia sido visto, mas o que ocorria ali não era uma fuga, mas uma pressa ao caminhar. Entraram em um beco escuro e com algumas latas e sacos de lixo espalhadas nas laterais. O lugar fedia. Era uma pequena travessa com casas apertadas e tortuosas. Todas seguiam quase que um padrão religioso, portas metálicas de tinta amarela e paredes com tijolo puro, sem revestimento. Boa parte do solo estava suja de barro, oriundo dessas construções mal acabadas. De supetão, a mais de trinta metros a sua frente, a moça se jogou em uma delas, batendo as mãos com força contra o portão, chamando por “Raiden”. Dragon se esgueirou por entre alguns sacos plásticos, sentindo um pouco de nojo, contudo, evitando ser notado.

Tentou visualizá-la. O Byakugan foi de encontro a pequena residência. Era humilde e tão curta que dava metade da sala de estar dos Jyosai. Cozinha, banheiro e sala todos fragmentados no mesmo ambiente. E, separado por uma pequena murada, havia espaço para um curto colchão e um amontoado de roupas. Ver aquilo e perceber que vivia alguém ali chocou Tatsuki. Era a primeira vez que presenciava alguém tão pobre a esse ponto. Tinha, até então, a visão de que Kiri era tão próspera em sua maioria que esquecia de pequenos casos como aquele.

As coisas só ficaram piores. Kaitlyn, em poucos instantes, já estava aos beijos e carícias com um brutamontes de bochechas rechonchudas, deitados no solo. A moça esbanjava um sorriso largo enquanto era mimada, apenas com um pequeno cobertor cobrindo-lhe o corpo.

Aparência de Raiden

No peito do rapaz estava um colar repleto de pedras e em seus dedos alguns anéis de aparência chique. Itens provavelmente valiosos e nada compatíveis com o lugar o qual estavam. Dragon ficou tentado a virar o rosto e deixá-los sozinhos, pelo rumo que as coisas tomavam. Mas havia algo estranho ali. Conversavam alguma coisa enquanto tapeavam as preciosidades, tentando o genin a se aproximar a passos sorrateiros. Se viu conseguindo fazê-lo, talvez por sorte. Repousou os ouvidos na entrada e escutou parte do diálogo.

- … Assim que pegarem ele, vou até a mãe. Ela com certeza vai querer me ajudar. Oh, o Kaya é um cafajeste! Haha. Otários –
A voz era irônica e claramente feminina.

- E aí temos a deixa perfeita para fugir. Vamos sair dessa vila escrota. Com o dinheiro a gente nem precisa se preocupar com nada, arranjo um jeito de contratar alguém pra matar os guardas –
Completou o homem em um som abafado e grosso, como se um gigante estivesse engasgado com um pedaço de pão, mas contando seu plano maléfico. A cada segundo que se passava, Tatsuki ficava cada vez mais enojado. Continuavam a comentar seus planos a respeito de sair da vila com as diversas joias da família, aparentemente um plano estúpido e da autoria do rapaz, apoiado pela infiel. Dragon sentiu uma fúria percorrer a espinha, com o nariz trêmulo e os punhos cerrados. O ódio que possuía e lhe apertava era íntimo e pessoal. Viu na figura daqueles dois os criminosos do forte, de sua última missão. Aqueles que assassinaram o seu companheiro.

As palavras do mestre do dojo ecoaram na sua mente, alertando da crescente personalidade que se desenvolvia. A aversão à bandidos. A vontade de matá-los. Fazê-los pagar com a mesma moeda que Suyoshi de maneira inocente pagou. Bateu à porta, não se importando mais com nada. Já havia escutado o bastante e visto o suficiente. Estava impaciente. A dança que se seguiu no instante que a porta abriu foi feia e nada digna de um adolescente de sua idade. Sacando a kunai na bolsa à cintura, Dragon avançou, perfurando a barriga de Raiden como se fosse um pedaço de bife, deixando-o recuar aos gritos. A mulher fez o mesmo, berrando e pedindo por socorro. Uma veia se projetava no centro da testa do garoto, esta oriunda não do dojutsu, mas de seu próprio emocional. Jogou-se para os lados, esquivando-se de potentes socos do bandido. Lufadas de ar acompanhavam os ataques do gorducho, mas o ferimento inicialmente causado havia o deixado lento e desengonçado.

A cada ataque que vinha, era lhe lançado outros dois consecutivos. Alguns moradores se aglomeravam na entrada, assistindo o embate de um menino com a bandana de Kirigakure no braço contra um morador gordo e ensanguentado. Tatsuki vislumbrou as linhas de chakra com o Byakugan, calmamente fechando-as por meio do Juken. Os tapas que dava eram precisos e atrapalhavam os fluxos dos braços, em seguida o das pernas, até que a postura defensiva já não se tornou mais necessária. O oponente estava de joelhos, ofegante e pingando líquido vermelho do ferimento. Não havia sido profundo o bastante para matá-lo a primeiro momento, mas era inegável que aquilo tinha facilitado as coisas. Fora a força física, não houve destreza ou técnica nos movimentos do bandido. Não era um ninja, só um ladrão de residências, com o plano de ceifar o financeiro de uma família de civis.

Dragon encarou Kaitlyn, pulsando de raiva. Recuou o braço, com os dedos passando por entre os kibaku fudas, mas parando no rolo de fio de aço. Sacou o mesmo, enroscando-o e preparando para prender o homem ferido, valendo-se da Kusari para imobilizar a trêmula senhora. Era claro, até para os espectadores, que o genin lutava contra si mesmo para não matar nenhum deles. Freando-se vez ou outra e interrompendo ofensivas. Segundo os gritos e vaias que eram escutados, a maioria dos que ali estavam sabiam da índole do morador. Até torciam para que perdesse sua vida logo. A vontade de concretizar tal ato era enorme. Mas era como se no seu ombro esquerdo a mão fantasma de Suyo apertasse. Segurasse Tatsuki antes que fosse tarde demais.

O genin se aproximou da dupla agora presa, tratando a ferida do homem com pedaços de sua própria calça, valendo-se dos seus conhecimentos de primeiros socorros. Enquanto apertava a ferida, sussurrou em uma voz firme.

- Não é minha missão matar vocês. Mas se tentarem fazer algo, eu arranco suas pernas e jogo no mesmo cofre que roubaram. -
O seu olhar era frio e vazio, como nunca tinha sido antes. Para ele, era como se falasse com o mesmo tipo que mataria ele e Yonkai sem pensar duas vezes. Não havia razão, portanto, para dar-lhes piedade alguma. Levou-os até os responsáveis, passando o relatório no gabinete de missões para que tomassem as devidas medidas. Os ladrões estavam entregues e iam ser julgados. Fuga em Kirigakure era passível de ser punida com morte e o rapaz torcia para que para tentativa também fosse essa a sentença. O colar fora devolvido e desculpas tiveram de ser dadas a todos os interrogados naquela manhã. Inclusive ao senhor Kaya, o qual, arrasado, agora viveria naquela impecável residência sozinho, sem sua traiçoeira e estelionatária mulher.

A missão havia sido encerrada, mas algo ainda precisava ser descoberto por Tatsuki em face dos acontecimentos. Precisava entender o que estava se tornando e como controlar toda essa sua raiva. Responder a si mesmo como voltar ao que era antes. Ou melhor, se estava gostando desse seu novo eu.

Tatsuki Dragon HP 340/340 | CH 640/640

Considerações:
Dragon
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DelRey
Chunin de Kumogakure

Re: {Colar Roubado} — MOPN PARA HYUUGA DRAGONDom maio 30, 2021 3:14 pm





Comentários


Primeiro, muitas desculpas pela demora na avaliação. Em relação a missão, estou lhe parabenizando, todo o plot se harmonizou entre si, tornando a leitura fácil e agradável, no momento em que comecei a ler não consegui mais parar, foi uma boa missão e que me surpreendeu a forma como você a desempenhou, tanto com as criações dos personagens e o enredo no geral.

@Missão One-Post Narrada de ranqueamento C aprovada!

Avaliação & Recompensas


Ortografia: 10/10
Coerência: 40/40
Adequação a Proposta: 40/40
Fluidez: 10/10
Total: 100%

2x Interrogação
2x Intimidação
2x Ambidestria
+2 de Fama Neutra
+12 Ryous
+150 XP

DelRey
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Re: {Colar Roubado} — MOPN PARA HYUUGA DRAGON