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O Novo MundoTrama Atual

Após uma longa e devastadora batalha contra o Imperador Iedolas Aldercapt, Isabel Uchiha emergiu vitoriosa, sendo coroada como a nova Imperatriz de Nilfheim. Como uma de suas primeiras ordens, a nova monarca ordenou o recuo das tropas do leste, dando um fim àquele terrível conflito.

Infelizmente, a vitória não foi gratuita. O trono fora conquistado através de perdas irreparáveis, e agora a salvadora do oeste guardava do mundo um segredo importante.

Enquanto isso, envenenado e escolhido pela escuridão, Orion Noctilucent tornara-se avatar de uma entidade maligna vinda do mais profundo abismo de Elyos, convicto de que é chegada a hora da verdadeira invasão demoníaca.

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Hyomin
Genin de Kirigakure

[TREINOS] The ShallowSeg Jun 20, 2022 2:59 pm

Treinos

Nesse ambiente ocorrerão alguns dos treinamentos de Hyomin. O cenário é um cômodo adjacente ao quintal de sua residência, montado por seu pai para suportar treinos teóricos, bem como uma pequena área aberta, para treinos físicos. Como padrão, todos acontecimentos deste tópico ocorrem no inverno de 1245.


Última edição por Hyomin em Dom Jul 10, 2022 10:14 pm, editado 2 vez(es)
Hyomin
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Hyomin
Genin de Kirigakure

Re: [TREINOS] The ShallowSeg Jun 20, 2022 4:28 pm



aguas rasas, vol. 1


“Você não é inteligente o suficiente, Hyomin.”


Seu pai não conteve a decepção ao proferir tais palavras, mais cedo, quando almoçavam em família. Como sempre, Hyomin apenas concordou com um leve manejo de cabeça e um sorriso recatado. Não era de sua natureza contrariar ou discutir, ainda soubesse que estava certa  — e, dessa vez, tinha certeza. Como assim não era inteligente o suficiente? Tinha se tornado uma ninja, não? Então, tinha uma inteligência decente. Isso, ou todos os professores da academia que haviam concordado com sua graduação eram incompetentes. E, como era uma verdadeira maria-vai-com-as-outras, gostava de pensar que seguir a maioria (seus professores) era mais seguro do que seguir a minoria (seu pai), afinal, ele não passava de um ex-shinobi amargurado por não poder exercer sua profissão em um país estrangeiro, qual descontava esse sentimento em sua filha, tentando fazer dela sua imagem e semelhança — e acabando por exagerar um pouco no processo.

Hyomin soltou um suspiro dramático, fechando a porta do anexo atrás de si.

O cômodo era extremamente arrumado — obra de sua mãe, uma completa maluca por limpeza e organização. Hyomin jamais teria aquele cuidado; era o tipo de pessoa que se encontrava em sua própria bagunça, e pior, que via algum sentido nela. Sentou-se de frente para a mesa que havia no centro da sala, e encarou a pilha de livros que seu pai separou para seus estudos. Ele realmente tinha falado sério ao desprezar sua inteligência; e, aparentemente, estava focado em mudar aquela realidade.  — Não vejo a hora dele perceber que não sou como ele. — Seu murmúrio era baixo, entretanto, o tom azedo de ironia era bem explícito. Hyomin pegou o primeiro livro e, ao folhear as primeiras páginas, notou que se tratava de técnicas para melhorar o controle de chakra. — E lá vamos nós…

Hyomin leu uma, duas, cinco páginas. A leitura era cansativa e parecia se arrastar com a mesma velocidade de uma preguiça. Ao olhar para o relógio preso à parede, logo acima da porta de entrada, notou que mal tinha se passado alguns minutos. — Isso é um inferno, como eu posso aprender essas técnicas se eu sequer consigo me lembrar delas ao terminar de ler um parágrafo dessa porcaria. — Deixou o livro de lado. Pensou em desistir dos estudos por ora e tirar uma soneca; seus olhos estavam pesados depois daquela leitura massante. Entretanto, a voz decepcionada de seu pai ecoou em seus ouvidos, fazendo com que ela desistisse de desistir. — Sinto muito, mas, seu jeito de aprender é ultrapassado, papai.

Devolveu o livro à pilha que o encontrara. Em seguida, se dirigiu até um dos móveis da sala; uma cômoda alta, que compreendia dez gavetas. Havia muito material ali — jogos, mapas, pergaminhos e armas. Hyomin, entretanto, pegou uma pequena caixa e um cronômetro manual. Voltou a se sentar junto à mesa, e colocou os objetos sobre ela. A caixa guardava algumas cartas de madeira, que exibiam, de um lado, a mesma imagem de uma rosa talhada. Do outro, exibiam imagens diferentes — animais, plantas e construções, sendo um par de cada. Se tratava de um jogo de memória, que Hyomin costumava jogar quando era bem menor do que hoje. — Isso não será apenas um jogo. Isso será um desafio!

A jovem colocou todas as cartas, com a imagem da rosa talhada virada para cima. Fechou os olhos e embaralhou-as. Quando voltou a abrir, encarou as peças e, em seguida, apertou um botão no cronômetro, iniciando sua contagem. Começou, então, a jogar aquela brincadeira infantil.

Seus primeiros movimentos foram rápidos, porém descalculados; Hyomin levantava uma peça aleatória, e escolhia outra igualmente aleatória para levantar em seguida. Ao não ser um par, abaixava as duas, e tentava novas peças. Sua intenção não era encontrar os pares o mais rápido possível, mas, sim, memorizar a posição das cartas, para que a tarefa de encontrar os pares se tornasse mais fácil. Sua primeira tentativa, porém, demorou treze minutos e trinta e sete segundos. Seu pai a deserdaria se soubesse que demorou tanto para terminar um jogo infantil.

Não desistiu após a primeira vez; diferente de ler livros, atividades práticas pareciam ser mais apreciadas por seu cérebro. E, além do mais, se não exercitasse sua mente para tarefas mais simples, jamais conseguiria realizar as mais complexas. Deu um tapinha no cronômetro mais uma vez, e voltou a executar os gestos de erguer uma figura após a outra. Seus movimentos foram ainda mais rápidos, entretanto, ainda continuavam desordenados no início. Seu tempo foi razoavelmente melhor do que o anterior, alcançando os onze minutos e vinte e um segundos. Porém, não era o suficiente.

Jogou outras vezes. Eventualmente, seus movimentos estagnaram em uma velocidade, e coube à sua mente o esforço de memorizar mais rápido. E, para deixar ainda mais desafiador, começou a criar suas próprias regras: não levantar a mesma peça mais de duas vezes, sendo que uma deveria ser para juntar o par; não demorar mais que um segundo para levantar cada peça; não ficar mais de duas rodadas sem encontrar um par. Quando terminou o jogo que considerou perfeito — num tempo bom e respeitando todas as suas regras pessoais, já haviam se passado quase três horas. O sol começava a se esconder entre montanhas longínquas, e a temperatura caía gradativamente, transformando o cômodo em um cubo de gelo.

Bom, acho que é o suficiente. Talvez chame meu pai para jogar, ele provavelmente vai ficar bravo por eu sugerir algo tão fácil, mas, quando ele ver a minha velocidade e método de memorização, puts… — Comentou, juntando as cartas e guardando-as dentro da caixa. Para desespero de sua mãe, quando ela fosse limpar a sala, deixou tudo em cima da mesa — o jogo, o cronômetro e os livros que seu pai tinha separado, com exceção do que tinha pego para ler mais cedo, que levou consigo.



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Suzue
Jonin de Konohagakure

Re: [TREINOS] The ShallowSeg Jun 20, 2022 5:29 pm

Olá, Hyomin.
Gostaria de começar falando que achei a personagem muito original e interessante, assim como sua maneira de descrevê-la. Gostei bastante desse método de treinar a inteligência da sua personagem, gostaria apenas de fazer um comentário de que, conforme seus pontos de inteligência aumentarem, precisará de desafios mais ligados à estratégia e resolução prática de problemas. Parabéns pelo treino!
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Hyomin
Genin de Kirigakure

Re: [TREINOS] The ShallowQua Jun 22, 2022 4:57 pm



aguas rasas, vol. 2


Hyomin sabia que seu pai não se surpreenderia com suas habilidades em um jogo de memória. No dia seguinte ao treino, o convidou para um momento de diversão e apresentou o jogo. Pensou que, caso demonstrasse alguma habilidade em uma atividade corriqueira, ele poderia ficar espantado. Mas, era extremamente difícil enganar seu pai, ao ponto de, ao término da ‘brincadeira’, ele apoiar a mandíbula sobre o punho destro e lhe lançar um olhar felino. “Quanto tempo de treino foi necessário para você se tornar uma jogadora tão exemplar?” A nota de ironia em sua voz causou uma onda de decepção que varreu toda a sua expressão, embora Hyomin tenha empregado um grande esforço para permanecer o mais neutra possível. Os olhos de seu pai semicerraram, lendo-a. “Você acha que sou muito ruim com você, minha filha? Bem, eu penso que o mundo lá fora será mais ainda. Tenho que prepará-la. Você tem que estar entre os melhores. Jogos de memória não irão te ajudar nisso. Se você quer um treino diferente de enfiar a cabeça nos livros, entretanto, vou preparar algo para você. Amanhã treinaremos juntos, após o almoço”.

A jovem Nara apenas conseguiu pensar que aquilo era ruim; muito ruim. Se já era um saco tentar agradar seu pai com resultados, treinar com ele era simplesmente um inferno. Hyomin gostava de tranquilidade e calma para fazer suas coisas, e seu pai estava sempre pressionando-a, falando em sua cabeça. — Com certeza deve fazer parte de seu roteiro de treinamentos; me obrigar a adquirir resistência mental. Nenhum ninja patife de Kiri pode ser pior que meu pai. — Resmungou, enquanto o aguardava. Tinham almoçado há algumas dezenas de minutos atrás e, desde então, esperava pela boa vontade do patriarca em frente ao cômodo de treinamento, aproveitando um raro momento em que os raios de sol conseguiam alcançá-la, naquele inverno frio.

Percebeu que seu pai estava vindo ao seu encontro antes mesmo que o visse; a maneira que a porta da casa principal foi aberta, um estalo seco seguido por mais nenhum outro som. Em poucos instantes, a silhueta grandiosa apareceu. Seu pai carregava apenas um caderno de anotações, o que despertou a curiosidade de Hyomin. O que ele estava planejando? ”Exercício de lógica”, ele murmurou, como se tivesse lido seus pensamentos. A jovem arqueou uma de suas sobrancelhas, já que apenas aquela informação não era o suficiente para adivinhar o que ele tinha em mente. Algumas questões de raciocínio lógico para você colocar esse cérebro para trabalhar, Hyomin. Continue sentada, aqui está bom. Você não vai precisar de nada além do seu intelecto.”

Assistiu seu pai se sentar ao seu lado; ele estava muito confortável, certamente tinha preparado uma atividade que faria o próprio diabo sentir inveja. Respirou fundo, acalmando seu coração que começava a palpitar de ansiedade. Nada a deixava mais desconcertada do que seu pai. Se fosse o próprio Nindaime Mizukage a estar testando-a, Hyomin estaria mais tranquila. “É simples. Vou ditar uma sequência de números, e você tem que me dizer qual o próximo. Hmmm…” Ele pareceu pensar por um momento. “Acho que está muito fácil. Pegue o cronômetro, vamos fazer desse exercício algo digno de um Nara.” Hyomin fez o que seu pai pediu; entrou dentro do cômodo correndo e pegou o pequeno aparelho. Ao voltar e se sentar ao lado dele, colocou o cronômetro no espaço entre ambos. “Vou começar lhe dando cinco segundos, Hyomin. E vou diminuindo os segundos gradativamente. Tenho certeza que você consegue me responder em um instante.”

Filho da mãe. Seu pai pegava muito pesado. Ainda assim, Hyomin concordou e esperou. Então, começou. “Um, três, cinco, sete…”. Hyomin não precisava sequer pensar para responder aquilo, entretanto, enquanto abria a boca para responder, seu pai acenou. “O cronômetro. Você deve apertá-lo. Não acha que iria ter que prestar atenção apenas nas respostas que deve me dar, não é? Você deve me ouvir, apertar o cronômetro para iniciar a contagem e responder dentro do tempo, e apertar novamente para pausar a contagem. Falhar em seguir esta ordem significa que falhou na questão, e para cada questão errada, você terá que pagar cento e cinquenta flexões.”[/b] Seu pai sorriu, orgulhoso de si próprio. Hyomin sorriu, desejando a própria morte ao pensar que poderia passar o resto da tarde fazendo flexões. “Então, vamos lá. Um, três, cinco, sete…”.

Hyomin deu um tapa no cronômetro. — Nove! — E bateu novamente no objeto. Um segundo. Mas era uma questão óbvia; se tratava de uma sequência de números ímpares, ou de uma sequência em que era sempre acrescido mais dois. Seu pai continuou. “Dois, quatro, oito, dezesseis, trinta e dois, sessenta e quatro…” Hyomin bateu novamente no cronômetro. — Cento e vinte e oito! — Disse alto, e bateu no contador para pausa-lo. Um segundo. Os números estavam sendo multiplicados por dois, e seu pai estava sendo bonzinho; demoraria ao menos mais um segundo extra para calcular cento e vinte e oito multiplicado por dois. O que daria duzentos e cinquenta e seis; e ali estava seu pai continuando a atividade. “Zero, um, quatro, nove, dezesseis, vinte e cinco, trinta e seis… Hyomin bateu no cronômetro, porém, ainda não sabia a resposta. Qual é a diferença entre estes números? Pensou, assistindo o ponteiro contar um segundo. Zero para um, um; um para quatro, três; quatro para nove, cinco; nove para dezesseis, sete… — Quarenta e nove! — Respondeu, e bateu no cronômetro, que congelou em quatro segundos. A lógica ali era a soma de números ímpares em ordem crescente. Trinta e seis mais treze daria o resultado.

Seu pai continuou. “A partir de agora, você tem quatro segundos. Quatro, dezesseis, trinta e seis, sessenta e quatro…” Hyomin bateu no cronômetro. — Cem! — E bateu mais uma vez, observando que tinha marcado apenas um segundo. Era bem óbvio que se tratava de uma sequência de números pares ao quadrado. — Acho que hoje não irei pagar nenhuma flexão, heim? — Comentou, ligeiramente feliz por seus resultados até então. Seu pai sorriu; não o mesmo sorriso feliz que o da jovem, algo mais… Maldoso. “Um, um, dois, três, cinco, oito…” Apesar de bater no cronômetro, era mais um caso que não sabia exatamente qual a resposta. Pense na diferença, pedia à si mesma mentalmente, assistindo o cronômetro fazer seu trabalho. Um para um, zero; um para dois, um; dois para três… Um? Mas, três para cinco é dois, e cinco para oito é três. Não tem uma sequência. Mas, um mais um, é igual a dois; e dois mais um, é igual a três; e três mais dois, é igual a cinco, então…Treze! — E apertou o cronômetro. Foi seu primeiro chute. Aparentemente, era uma sequência de números baseado na soma dos elementos anteriores e, se continuasse, oito mais cinco dariam aquele resultado. Ufa!, refletiu. Quatro segundos. Esse foi quase.

Seu pai era uma incógnita. E continuava. “Dois, dez, doze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove…” Hyomin bateu no cronômetro. Não havia nenhuma sequência de números ali. — Isso é uma pegadinha!! — Exclamou. Seu pai olhou para o cronômetro. A única coisa que eles tinham em comum, era… — Duzentos! — A letra inicial quando escritos por extensos. — Achei que seriam calculos! — Reclamou, cruzando os braços. Seu pai abaixou o caderno de notas, aparentemente, dando a atividade por finalizada. “Eu nunca disse que era um exercício de matemática, Hyomin. Era lógica. E há muitas variantes. Bom, terminamos por aqui. Vamos entrar para tomar um chá, antes que você dê início às flexões.”Mas pai… Eu respondi tudo certo! — Apesar de ser um treinador tirano, seu pai não era uma pessoa corrupta. Não estava entendo sua conduta. “Eu te disse que a tarefa se tratava de iniciar o cronômetro, responder, e pausar a contagem. Você esqueceu de bater no cronômetro para finalizar na última rodada.” Olhei para baixo, o relógio ainda contando. Ele estava certo; havia me distraído. — Regras são regras. — Murmurou, acompanhando seu pai, que se levantava.

Pegou o cronômetro e o resetou. Com certeza, seu pai tinha a intenção de fazê-la errar em algum momento. Mas, estava satisfeita com seu resultado. — A ideia do chá é para me dar vontade de ir ao banheiro enquanto faço as flexões, mas não poder parar no meio, não é? — Resmungou. A gargalhada de seu pai foi audível e melodiosa.“Minha querida, você me conhece tão bem.




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Kaya
Chunin de Kumogakure

Re: [TREINOS] The ShallowQua Jun 22, 2022 5:30 pm

— Avaliação do Treino: Aprovado

Adorei seu treino, sério! Ele é desafiador não só para a sua personagem, como também para quem está lendo. Muito divertido e muito criativo. Parabéns.

Recompensa: +4 Inteligência (Já dobrado pelo evento de inauguração).
Kaya
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Hyomin
Genin de Kirigakure

Re: [TREINOS] The ShallowQui Jun 23, 2022 10:39 am



aguas rasas, vol. 3


Após o treinamento de lógica, Hyomin e seu pai entraram em casa para tomar chá. Sua mãe já os aguardava, com uma mesa bem montada e xícaras já dispostas e completas com um líquido quente. A jovem, particularmente, preferia chá gelado, entretanto, o frio do inverno em Kirigakure fazia com que procurassem a maior quantidade de fontes de calor, para não virarem picolés. Foi uma refeição em silêncio — tal qual era a maioria das refeições naquela casa e, caso seu pai não insistisse em fazê-la beber quatro xícaras, teria sido, também, uma refeição rápida.

Quando Hyomin para a área de treinamento, o sol começava a se esconder atrás de longínquas florestas. A brisa estava mais gelada do que antes, e ela se arrependeu de não ter seguido todas as regras do velho. Agora, teria que fazer cento e cinquenta flexões naquele clima terrível. Se demorasse demais, poderia ficar ali até anoitecer — o que, obviamente, seria cruel demais com o seu corpo. Ela se preparou, prendendo os fios negros e tirando o casado que vestia, para que a sua mobilidade não fosse prejudicada. Mal tinha se abaixado no chão e já tremia com o vento que a acariciava tão friamente.

Começou no pique. Mantinha o corpo reto, se equilibrando nas pontas dos pés em uma extremidade, e com as palmas das mãos e os braços estendidos na outra. Controlava a velocidade quando se abaixava e jogava o tronco para cima ao subir. Os movimentos esquentaram o seu corpo e o frio tão logo não era mais uma preocupação. As primeiras trinta flexões foram tranquilas e fáceis; a partir da terceira dezena, entretanto, Hyomin começou a sentir mais o peso do corpo, o que dificultava a tarefa de manter uma velocidade decente. Se tornou devagar e, bom, apesar de descer o tronco ser ainda algo fácil, seus braços começaram a tremer ao ter que subir.

Eventualmente, começou a sentir frio mais uma vez — se fosse pela temperatura ter abaixado, ou, por seu corpo ter esfriado, eu não sabia dizer. Tinha dobrado o número de flexões, porém, ainda não havia alcançado sequer a metade dos números totais. Foi mais ou menos nessa hora que seu pai saiu de casa e foi averiguar o que ela fazia. Como ele estava ali, Hyomin se esforçou para aumentar a velocidade de seus movimentos e não demonstrar que era uma completa sedentária. Ele apenas assistiu, muito bem vestido com aquele casaco enorme e quentinho. Grrrr.

“Frio é psicológico”, disse ele, rindo, vendo seus membros tremerem. Ou estremecer. Já não sabia se era cansaço ou frio. “Por que não transformar sua punição em um treinamento, Hyomin? Vamos, você já fez movimentos demais com essa pegada aberta. Junte as mãos.” Se a garota tivesse fôlego, provavelmente teria rosnado para ele. Porém, estava cansada demais para discutir, portanto, apenas fez o que ele sugeriu; diminui a distância entre suas mãos, até que elas estivessem uma ao lado da outra. E voltou a descer e subir.

Aquela maneira era mais difícil, por necessitar de mais equilíbrio. Talvez, se fosse no início das flexões, Hyomin teria se movimentado bem melhor, mas, agora, nas casas das oitenta flexões, ela só conseguia pensar em que preferia uma morte em batalha. Seria menos dolorido, com certeza. Seu pai sumiu de seu campo de visão por alguns instantes, contudo, voltou antes que Hyomin pudesse sequer cogitar a ideia de fazer uma pausa; ele voltou com uma caixa de maneira, e a posicionou na frente de sua filha.

“Utilize isso aqui para se apoiar”, explicou ele. Hyomin parou; primeiro, aproveitou alguns segundos para descansar. Em seguida, antes que seu pai percebesse sua atitude, fez como o orientado — apoiou as mãos na beirada de cada lado da caixa, e  voltou a fazer os movimentos. Seu peito ardia com o esforço, e seus bíceps poderiam explodir a qualquer momento. “Já fez quantas?” Questionou seu pai, ele sabia que ela não mentiria a respeito disso. Hyomin não costumava roubar nos treinos, apesar da ideia rondar sua mente constantemente. — Cento e cinco… Seis… Sete…

Quando chegou a cento e dez, seu pai fez um gesto para que ela parasse. Hyomin notou que, mais uma vez, o frio não a incomodava tanto, e que já nem sentia mais algumas partes do seu corpo. Seu pai tirou a caixa de sua frente e a colocou próxima de seus pés. “Apoie aqui, agora.” Instruiu. Hyomin suspirou, pensando quanto tempo aquilo iria demorar. Entretanto, logo ali estava ela, com as pontas dos dedos dos pés apoiadas na caixa, fazendo com que seu corpo ficasse mais reto e, consequentemente, ainda mais pesado para levantar.

Odeio calistenia. — Sua voz era um sussurro cansado. Fez vinte repetições, até que seu pai interferisse novamente. Ele a auxiliou, ao afastar a caixa e, depois, voltou para sua frente. “Estamos acabamos, querida. Feche o treino com os joelhos no chão. Faça o mais rápido que puder.” Flexões com o joelho no chão era infinitamente mais fáceis; inclusive, tinha sido desse modo que Hyomin aprendeu a fazer flexão, para começo de conversa. Entretanto, seu pai queria que mesmo aquele treino simples fosse desafiador. Ela apoiou os joelhos no chão e voltou a se movimentar, dessa vez bem mais rápido. Uma flexão por segundo, colocou a meta. Apenas mais dez, e vou estar livre.

de fato, conseguiu atingir sua proposta pessoal. Quando acabou as cento e cinquenta flexões, porém, não teve forças para mais nada que não fosse cair no chão. A terra estava fria ao toque, o que causava um choque incômodo com o seu corpo quente, porém, Hyomin precisava daquilo. — Apenas alguns segundos… — Murmurou para seu pai, quando ele se abaixou em sua frente e deu tapinhas em seu ombro. Tem certeza? Não quer ir ao banheiro? Depois de todo aquele chá… Num pulo, Hyomin estava em pé. Seu equilíbrio parecia fortemente abalado pelo cansaço, mas, mesmo quase tropeçando em seus pés, correu para dentro de casa.




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DelRey
Chunin de Kumogakure

Re: [TREINOS] The ShallowQui Jun 23, 2022 3:52 pm

— Treinamento Aprovado


Comentário: Você sempre me surpreende — mesmo que seja a primeira vez que eu esteja lhe avaliando — eu gosto muito da forma como você narra seus treinos, é tão fluído que a gente começa e logo termina, ficando com aquele gostinho na boca de quero mais, e jamais imaginaria que isso poderia se estender para um treino de flexões. Foi um ótimo treino, bem escrito, desenvolvendo bem a personalidade da Hyomin e sua relação com seu pai rigoroso.

Recompensas: +04 de Atletismo (Já dobrado pelo Evento de Reinauguração).
DelRey
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Re: [TREINOS] The Shallow