[Quest - Experiente] No time to die

[Quest - Experiente] No time to dieSeg Jul 04, 2022 3:22 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Subitamente sua privacidade foi invadida, sua porta que outrora assegurava seu conforto, agora era aberta às pressas, expondo-o por completo. — Keitaro! — Ren era o culpado por aquele momento, ele invadia o quarto do irmão em tamanha urgência. — Você vem comigo em uma missão. Agora! — dizia o garoto, que claramente já parecia pronto para partir, com suas vestes ninjas e armamentos preparados. Ren continuava sua invasão, tentando auxiliar o irmão a se preparar, buscando seus armamentos ninjas e tudo que estivesse ao seu alcance. — Keitaro... você planeja explodir a vila? — surpreendia-se ao notar a quantidade massiva de papeis bombas que o irmão carregava.

— Vamos, vamos, vamos... — apressava mais uma vez.

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Escondido floresta adentro, Keitaro aos poucos conseguia sentir a aflição invadir seu peito, o dia começava a escurecer e logo a única fonte de luz restante era provinda da lua cheia. O primeiro uivo surgiu, ele parecia próximo, mas ao mesmo tempo distante, abafado e um quanto tenebroso. Uma voz podia ser escutada em meio a floresta, em um tom grave e rouco, mas levemente fadigado — Seus incompetentes! Como assim vocês ainda não o encontraram? Ele não pode deixar esse vilarejo de merda. E agora ele já foi solto, tomem cuidado para não se tornarem o lanche dele essa noite. — o homem não parecia se preocupar em ser escutado, era quase como se ele quisesse que Keitaro soubesse que estavam o caçando.

Por mais que a atenção do ninja ainda não estivesse em seu ápice, ele não demoraria para notar que estava cercado, sua localização exata ainda não havia sido descoberta, mas não restavam muitos caminhos a seguir.

Tudo parecia um pouco perdido, até o grito ensurdecedor ecoar por toda a floresta, um grito de quem implorava por ajuda, mas não podia mais ser ajudado, junto a ele era possível ouvir os galhos serem atravessado, alguns até mesmo destroçados rapidamente, uma inquietação havia começado na floresta e os caçadores, também haviam de ser caçado. Ao fim do grito, um novo uivo, ainda mais alto que o anterior, próximo o suficiente para causar calafrio ao mais corajoso ninja.

A mansão estaria a cerca de dez metros daquela posição, a direita era possível claramente notar uma aglomeração inquieta em movimento, como se fugissem de algo, na esquerda era de onde o grito havia surgido e de onde o uivo ecoava. Keitaro talvez não tivesse mais uma chance, existiam alternativas, mas ele seria capaz de escolher a correta?

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

A chegada da calada da noite mostrava que as horas estavam muito distantes do controle de um mero ninja como eu. Por todo instante em que me mantive furtivo entre as folhagens eu clamei internamente pela presença do meu irmão mais velho, assustado demais até mesmo para me convencer de que estava com medo do que poderia se suceder. A lua brilhante mostrava-se o pivô do pavor com toda sua energia misteriosa, mergulhando aquela floresta em um clima de horror que conseguiria somente piorar a cada minuto. De forma desorganizada, eu conseguia ouvir as ordens dadas por aqueles que vagavam à minha procura, e não demorou para que eu voltasse a ouvir aquela criatura que me assombrara na noite anterior.

”Aí está ele...” — Sim, de forma consciente eu tinha noção de que aquela criatura era o protagonista de todos os meus problemas, e o mistério ao redor de sua aparência e origem é merecedor de um medo inigualável, mas parte de mim, uma parte bem profunda da minha mente, ansiava por esse encontro, pois somente através dele eu conseguiria dar um nome para toda aquela mistura de sentimentos nutridos até então, influenciados pelo mistério, ansiedade e busca por aceitação.

Minhas ações físicas eram diminutas, raramente fazia qualquer movimento senão os mais básicos para minha sobrevivência. Estava longe de estar acomodado, porém me sentia seguro entre as folhagens, e mesmo com tantas pessoas à minha procura, eu teria vantagem na fuga por estar distante do solo. Tentei me manter assim momentaneamente, camuflado entre os longos troncos e suas numerosas folhagens. ”Eu não posso continuar aqui para sempre, entretanto. Aparentemente, vou ter que continuar sem o Ren.” — Queria manter essa linha de pensamento, pois me distanciava de uma possível paranoia envolvendo a saúde de Ren, que estava desaparecido até então.

Entre as folhagens, por onde a luz lunar invadia meu esconderijo e me auxiliava a ter mínima visão do ambiente, tentei sondar o pouco campo de visão que detinha sobre meus arredores, tentando localizar a criatura ou meus inimigos, tomando como auxílio os sons gerados por aqueles nas imediações: os uivos, os gritos e os sons de seus passos. Infelizmente, mesmo que tenha conseguido alcançar uma posição com certo privilegio, acabava também tendo dificuldade para encontrar a localização exata dos meus inimigos. ”Tsc.”

Aceitando completamente a ideia de que Ren não iria aparecer, caso obtivesse sucesso em manter minha localização uma incógnita, começaria a colocar em prática um novo plano. Iria aproveitar das árvores e da noite para me mover de forma silenciosa entre os troncos, com auxílio do chakra para tentar reduzir os sons gerados pelo impacto abrupto das solas com a madeira das árvores. Com isso, tentaria começar a almejar a localização da base inimiga como meu destino, quiçá poderia tentar invadi-la em meio a todo o caos.

Keitaro: 550/550 HP :: 775/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Naquela noite de inverno, o frio não era o maior problema dos perdidos naquela floresta. Enquanto Keitaro aproveitava todo o caos para avançar de forma furtiva, os cientistas restantes se tornavam verdadeiras presas quanto mais se desesperavam, aos poucos os uivos foram se tornando mais frenéticos e em resposta sempre os gritos de uma possível vítima em desespero. Quando finalmente próximo a mansão, Keitaro já tinha uma visão de outros três cientistas que haviam conseguido retornar, eles pareciam contornar algo, evitando um caminho muito direto a entrada.

Seu plano havia de continuar. Quando saltou ao próximo galho, conseguiria, em último segundo, notar que havia pisado num galho quebrado — propositalmente — e, caso conseguisse evitar, notaria que quando o galho tocasse o chão ativaria o que se demostrava uma placa energizada, não potencialmente capaz de matar alguém, mas talvez causasse alguns longos segundos de atordoamento em qualquer um que fosse atingido.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

Saltos consecutivos me transportavam entre os galhos da floresta em meio a pensamentos específicos sobre o paradeiro de Ren, me distanciando levemente do foco necessário para a conclusão daquela simples tarefa. Por conta dessa momentânea distração, o que inicialmente parecia ser um passo em falso, resultava em uma situação perigosa que poderia comprometer de forma severa o continuar daquela missão. Em questão de instantes eu partia de uma posição segura para o vislumbre de uma possível complicação, e deveria agir o mais rápido possível para evitar aquela armadilha sem perder o elemento surpresa concedido pela furtividade.

Ao passo em que o corpo começava a cair, de forma espontânea, o Chakra começou a fluir controladamente por toda a extensão do corpo, moldando cada centímetro do corpo em papeis com o auxílio da habilidade característica, mantendo-me no ar a partir da manipulação exercida sobre meu próprio corpo, praticamente levitando. Aproveitei o leque de oportunidades concedido pela alteração corporal para manter-me entre as folhagens, envolto à luz lunar, sondando os arredores com maior cautela, buscando com isso identificar possíveis novas armadilhas em direção à entrada da mansão.

Segundos antes de ter que lidar com aquela armadilha eu havia localizado a mansão e consegui notar os cientistas traçando um caminho específico, provavelmente evitando uma outra armadilha em seu caminho. Tentei memorizar seus movimentos e observar qual seria o seu próximo passo, apenas me aproximando lentamente entre as folhagens das árvores, tentando manter a camuflagem.

Keitaro: 550/550 HP :: 725/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Em um balé, Keitaro logo demonstrou a proficiência que tinha em sua habilidade, rapidamente transmutando parte do seu corpo físico em chakra, moldando-o em papeis brancos levemente dourados pela cor de seu chakra. Seu movimento, por mais que houvesse evitado a armadilha, havia permitido que o galho fosse de encontro ao chão, o choque eminente trouxe fogo a folhagem, iniciando um pequeno incêndio que se tornaria facilmente um chamariz para os demais na floresta.

Os gritos começavam a diminuir, por mais que o uivo ainda pudessem ser escutados distante, mas que aos poucos ia se aproximando mais e mais. Talvez por culpa do fogo que começava a se espalhar ou apenas por azar do destino.

Mais à frente, correndo para mansão, outros cientistas seguiam em uma corrida desengonçada, um em específico parecia notar a presença de Keitaro, apontando em sua direção, o mais a frente, com uma aparência mais velha, pairou de frente a mansão, encarando o ninja, como se o desafiasse a cruzar aquele caminho.

Enquanto a troca de olhares acontecia, Keitaro veria o surgimento de uma mulher, que andava com elegância e calma em meio aquela multidão. O olhar da mulher, no momento direcionado ao homem, era profundo e possuía um ar único de superioridade, na verdade, toda a atmosfera parecia se dobrar a ela, tudo indicava que ela talvez comandasse toda aquela operação.

O homem novamente apontaria na direção de Keitaro, desviando a atenção da mulher ao ninja. Um sorriso estaria diante seu rosto, ela levantaria seu chapéu e deixaria seu rosto mais exposto, para que o genin contemplasse. Ele poderia notar que a temperatura local parecia mais fria que o normal, além de mais pesada, mas nada que não pudesse resistir.

O uivo novamente foi escutado, ele estava a apenas poucos metros dali, e a mulher apenas daria de costa e adentraria novamente ao local, o homem que tentaria a seguir, rapidamente seria atravessado por algo que os olhos do genin mal conseguiria compreender daquela distância e seu corpo despencaria pelos três degraus que separavam a terra da pequena varanda de entrada, caindo no chão e espalhando-se me uma poça de sangue.

A porta de entrada, no entanto, não havia sido fechada com a ida da mulher, ela se mantinha aberta, como um convite para Keitaro.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

O caos e o terror reinavam entre as árvores dos arredores daquele pacato vilarejo. Ao passo em que os uivos incessantes contorciam as folhagens e pesavam o ar, fagulhas de um incêndio começavam a desencadear perigo à fauna e flora local, não que isso seja um problema meu. Ignorando completamente aquele incêndio, que serviu unicamente para revelar minha posição, eu me via diante do que parecia um convite.

Estava longe de saber as reais intenções daquela mulher, e por mais que conseguisse observar seu rosto, que ela fez questão de exibir, eu não conseguia ver com detalhes o que havia acontecido com o homem próximo a ela, mesmo que estivessem relativamente com a mesma distância da minha posição. Tudo parecia muito confuso, e momentaneamente até mesmo considerei estar em um Genjutsu, mas descartei essa ideia, pelo menos por hora.

Bem, o que precedeu aquele assassinato foi mais uma vez o ressoar daquele uivo, e por mais que fosse difícil procurar por algo que não se sabe bem o que é, meus olhos destreinados se perderam pelo ambiente, procurando por qualquer pista mínima do que havia ferido aquele cientista. Querendo ou não, eu tinha planos de fazer o mesmo caminho que ele, e não planejava sofrer do mesmo fim.

Keitaro: 550/550 HP :: 705/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Em meio a um olhar desatento, Keitaro finalmente notaria as pequenas variações em meio aquele terreno plano, sendo possivelmente naquelas pequenas elevações discretas onde as armadilhas haviam sido plantadas. Ainda em sua busca, encontraria, um pouco além do corpo caído, o resto do que parecia ser uma estaca, manchada de sangue e aos poucos se desfazendo, no que podia-se imaginar que seria água.

Por mais que houvesse adquirido algumas informações novas, a confusão que havia se colocado tomava medidas drásticas. Keitaro ainda estava parado e naquele instante notaria que o uivo não estaria distante, mas sim ao seu lado, um grunhido que acompanhava o fim do uivo.

A criatura possuía um corpo humanoide, mas pouca humanidade ainda lhe restava. Seu olhar era frio e animalesco, como se encarasse sua próxima refeição. O sangue derramava por entre seus dentes afiados, vazando pela boca, manchando o próprio pelo que se estendia por toda a extensão do seu corpo.

No momento ele se mantinha parado, suspenso sobre os próprios pés e mãos, semelhante a um canino. Seu olhar encarava Keitaro e ao fogo que se alastrava, em um salto rápido disparou contra o genin, tentando acertá-lo com um golpe brutal na altura do pescoço, arranhando-o com suas garras afiadas.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

Aos poucos eu começava a entender toda a situação do ambiente ao meu redor, com os olhos sambando pelos arredores e me concedendo um mínimo senso sobre todo o perigo que estava prestes a irradiar. O homem havia sido ferido por um punhal, e os cientistas desviavam de armadilhas não tão bem escondidas, porém, a minha breve distração fizera com que aquilo conseguisse finalmente me alcançar.

Quiçá o fumo acinzentado que começava a se formar por conta do incêndio fosse o suficiente para atrair a atenção de Ren, a dúvida sobre a sua atual localização nunca deixou de pairar sobre meus pensamentos, porém tinha que deixar-me de ser carregado pelas preocupações para me manter focado naquilo. — O que é você!? — Perguntei, em tom claramente anormal, temendo parte daquela situação. Como resposta, no entanto, não recebi palavras, mas sim um avanço voraz.

O corpo já moldado em papeis começou a se desfragmentar, separando-se em centenas de pedaços de papeis que voavam com a brisa, desmaterializando completamente minha estrutura corporal. O golpe da criatura era voltado ao meu pescoço, mas nada conseguiu alcançar senão uma quantidade irrelevante de papeis. As pequenas folhas começaram a se juntar frente a mansão, refazendo minha forma corporal próximo à porta aberta.

”Se eles tão fugindo para dentro da mansão, não vejo motivos para não fazer o mesmo...” — Era o que tinha em mente, respondendo ao golpe anterior simplesmente fugindo do campo de batalha, deixando com que a criatura lidasse com o campo de armadilhas. ”Se ele conseguir chegar aqui, os cientistas que lidem com o que quer que seja isso que eles criaram”

Keitaro: 550/550 HP :: 685/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

No momento em que atravessou a porta, Keitaro podia notar que aquele local estaria muito mais frio que o comum, como se a temperatura por dentro estivesse mais concentrada no ar, pesando sua respiração tão quanto as montanhas de Kumogakure. Ainda na entrada, era possível notar que aquele lugar não preservava nenhuma assinatura de uma mansão comum, era completamente único, com as paredes revestida de metal e toda a extensão em uma coloração branca metalizada.

Keitaro estava numa sala, e por dentro perceberia que a porta era mais reforçada do que demonstrava, não sendo de fato de madeira, mas sim de aço. No local em que estava, era mais aberto, com praticamente nada espalhado no local, na direita uma escada levava a um novo andar e na esquerda um corredor, a frente um quadro, sem nenhuma informação de fato útil, mas que indicava um certo controle de entrada e saída.

Nas paredes, algumas luzes piscavam em uma coloração fraca, não sendo suficiente para colorir o local. Keitaro, caso prestasse atenção, notaria algumas marcas de arranhão pela parede, espalhadas e claramente camuflada. O clima parecia pesado e até mesmo sinistro, mas tudo estaria a piorar muito em breve.

O primeiro som de explosão surgiu, a criatura avançava rumo a mansão sem nenhuma dificuldade, agindo mais rápido do que qualquer armadilha fosse capaz de lhe atingir, desencadeando outras explosões e destruindo as placas eletrizadas, uma elaboração que aos poucos se demonstrou falha para conter o que fosse aquilo.

Ali, ainda nos segundos de sua entrada, Keitaro notaria um grito abafado, vindo de uma direção irreconhecível de tão baixo, no entanto o ninja não iria conseguir ignorar a semelhança do grito com a voz de Ren.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

Não que eu tivesse muito tempo para aproveitar a arquitetura local, mas o interior daquela mansão se distanciava em muito da minha expectativa sobre como ele seria, pelo menos visualmente. O clima frio que havia sentido do lado de fora também estava presente aqui, e por mais que o frio fosse algo comum no inverno de Kumogakure, ele não era presente dessa forma. Enquanto buscava em meio aos pensamentos formas de continuar, conseguia ouvir com clareza a criatura do lado de fora agindo, provavelmente vindo em direção à mansão. "Preciso me apressar".

Antes que pudesse escolher um caminho específico, um grito chamou minha atenção e eu estranhei a similaridade com a voz de Ren. Novamente me vi como um refém do acaso e vaguei pelos cômodos, procurando um caminho que pudesse me deixar mais próximo de sanar aquela dúvida torturante sobre o paradeiro do meu irmão.

Keitaro: 550/550 HP :: 685/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Ao subir as escadas, Keitaro logo se daria de cara com um longo corredor. Espalhado por toda extensão dele havia inúmeros quartos, todas com uma porta que se demonstrava reforçada e resguardada. Na parte de cima da porta, uma pequena janelinha de vidro, caso parasse para observar, Keitaro veria que os quartos estavam ocupados por pessoas, possivelmente civis comuns, desfalecidos e com um aspecto pálido.

Em um dos últimos quartos daquele corredor, Keitaro encontraria alguém que parecia acordada, ao notar a presença do genin, seu rosto estamparia uma feição de extremo medo, mas que implorava por ajuda. Antes que algo pudesse ser feito, Keitaro notaria a presença de quatros cientistas que agora também subiam a escada.

— Seu ninja imundo, parado ai! — gritaria um deles, segurando em sua mão o que parecia ser um bastão. Ao pressionar um botão, o dispositivo acenderia em faíscas de raio, que pareciam um quanto perigosas. O primeiro avançou na frente, mas logo em seguida outros dois avançaram, cada um também carregando o bastão em mãos. O quarto, no entanto, permaneceu na mesma posição, forjando alguns selos de mão, para então liberar cerca de quinzes pequenas shurikens feitas de ar que almejavam Keitaro, evitando os aliados.

Ao ouvir aquilo, algumas pessoas começavam a acordar e o som dos fracos socos ao metal logo foi formando um ritmo audível a todos naquele corredor. Para além dali, haveria mais uma escada que levaria ao último andar.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

Meu corpo e minha mente travavam uma batalha fadada a não ter um vencedor, uma batalha incessante que determinava qual dos dois mais vagava sem uma direção. Eu estava aflito com o mistério por trás daquele grito, e meus passos evidenciavam o quão perdido estava, tanto geograficamente quanto mentalmente. Em determinado momento eu só parei, começando a refletir que talvez toda a ideia daquela missão não se passava de um erro por parte do Ren. "Eu não tô preparado..." — Comecei a repetir incansavelmente, tentando me convencer de que eu não passava de uma falha, tanto como ninja quanto como irmão.

Diante do corredor em que me situava diversas janelas concediam-me visão sobre o interior daqueles cômodos, e a cena era deprimente. Minha primeira linha de pensamentos levou-me diretamente a crer que se tratavam dos civis raptados do pequeno vilarejo, que estavam sendo mantidos dentro daquele laboratório deturpado e provavelmente tinham sido assassinados, a julgar pelo seu aspecto pálido e não responsivo. Entretanto, ao me virar para o fim do corredor, consegui cruzar minha visão com uma pessoa, com um olhar pesado e repleto de sentimentos.

"Eu preciso ajudar essas pessoas..." — Me ver como o herói que nunca fui me ajudava a controlar os pensamentos a respeito de Ren, tratava-se então de uma boa alternativa para manter-me focado. Eu não podia desistir. Não agora. O som do choque das solas contra os degraus atraiu minha atenção novamente para trás, observando a aproximação dos quatro cientistas. — Eu sou um ninja imundo? — Perguntei, incrédulo com a voracidade da tão imunda afirmação. Aquilo me enfurecia em um grau que nada havia me enfurecido até então.

Um avanço conjunto entre os cientistas foi feito contra minha posição, portando armamentos que poderiam me eletrocutar caso alcançassem meu corpo. Já com o Shikigami no Mai influenciando meu corpo, eu tentei evitar o primeiro dos golpes levantando voo, ficando um pouco mais próximo do teto da mansão. Isso fazia com que os outros cientistas tivessem certa dificuldade em alcançar minha posição, porém eu não esperava que um deles fosse capaz de utilizar Ninjtusu, e minha falta de atenção ocasionava em um golpe certeiro contra todo o meu corpo.

O sangue escorria e eu conseguia sentir o gosto metálico nos lábios. Uma dor latente começou a se fazer presente pelo corpo, dificultando levemente minha participação naquele embate, manchando permanentemente minhas vestes com aquele opaco carmesim.

Um som específico começou a se manifestar de forma tímida, e não demorou para que eu percebesse que tratavam-se das pessoas presas naqueles quartos. Elas não estavam mortas, e precisavam da minha ajuda. Eu não podia deixar aquele ferimento me derrubar, por mais grave que parecesse ser. A dor era sentida de forma reduzida, dado o efeito da adrenalina que corria pelas veias de forma desenfreada. De forma repentina, eu resolvi reagir.

Os papeis começaram a se espalhar pelo andar em que o confronto acontecia, e com uma súbita manipulação, tentei criar uma espécie de turbilhão com as folhas, visando atrair todos os cientistas para o mesmo lugar, no centro da técnica. Almejando esse local em específico, uma série de armamentos foram criados a partir dos papeis, assumindo o formato de shurikens e de kunais. Se obtivesse sucesso na primeira etapa do plano, lançaria contra todos os cientistas a rajada de armamentos.

Se conseguisse alcançar um resultado aceitável, me veria diante da figura inconsciente de meus oponentes, e responderia desativando momentaneamente as características do Shikigami no Mai, que drenavam meu chakra de forma veloz e imprudente. Agora, diante de todas aquelas pessoas que deveria salvar, me vi em um dilema. "Não adianta eu tirar elas daí agora, com aquilo lá fora e os cientistas aqui dentro... Eu preciso encontrar a raiz desse problema e acabar com tudo de uma vez!" — Dizia a mim mesmo, tentando me convencer de que virar as costas para aquelas pessoas não era um ato de puro egoísmo.

Me aproximaria então da pilha de cientistas inconscientes, tentando fazer com que um deles voltasse a retomar a consciência de forma momentânea dando-lhe alguns golpes na face. — Acorda, cientista imundo. Preciso que você tire algumas dúvidas minhas — Aquele homem poderia me conceder informações fundamentais para o continuar daquela missão.

Keitaro: 550/550 HP :: 630/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Quando sua vontade resplandecia além de suas inseguranças, Keitaro transparecia os motivos para que Ren houvesse o escolhido, reproduzindo uma performance tão bela quanto violenta contra os cientistas, conseguindo desacordar quase todos deles em seus ataques. No entanto, até mesmo um ninja de alto nível, não era capaz de prever a tudo, em um ataque coordenado entre quatros inimigos, um acabou sendo inevitável, atingindo-o por toda extensão do corpo, banhando-o com o próprio sangue.

As pessoas que assistiam aquilo, era preenchidas por um sentimento de esperança capaz de revitalizar até mesmo o estado físico delas, aos poucos todas se acalmaram, deixando as batidas contra a porta para lá, acreditando que Keitaro realmente era o salvador delas. No entanto, as ideias do ninja estavam além daquela situação, sua compaixão foi repreendida e novamente ele agiu como um ninja, buscando um dos soldados, que por sorte era o que ainda se mantinha minimamente consciente, o que estava mais atrás e havia direcionado as lâminas de ar contra o ninja.

— Eu não vou lhe contar nada seu desgraçado! — mesmo ferido e sem nenhuma chance de continuar, os cientistas se mostrava convicto a guardar qualquer informação que soubesse, mas Keitaro ainda era um ninja e talvez fosse capaz de descobrir algo. Enquanto aquela situação acontecia, era possível se ouvir o som do metal amassando, em passadas fortes, acompanhado do grunhido característico que Keitaro havia escutado antes. Ao ouvir aquilo, a expressão do cientista mudou completamente, ele parecia apavorado.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

A forma como aquele cientista lidava com a situação era no mínimo revoltante. Tamanho era seu ego que não se renderia à derrota, se mostrando completamente inconveniente mesmo quando gravemente ferido. Ouvir o som metálico acompanhado daquele grunhido era ensurdecedor, tanto para mim quanto para o cientista. Era uma questão de tempo até que aquilo entrasse na mansão, e eu não queria estar pelos primeiros cômodos quando isso acontecesse, e o cientista parecia compartilhar desse pensamento.

A destra foi lançada de forma ágil contra o rosto do homem, com o intuito de assustá-lo para cooperar, e não para feri-lo ainda mais, dada minha força física diminuta. Quiçá este ato, somado com os indícios da chegada daquela criatura fossem o suficiente para fazê-lo cooperar um pouco mais. — Onde está aquela mulher? Responda ou eu te jogo escada à baixo! — Um segundo soco foi preparado com o punho direito, enquanto a destra segurava-o pelo pela gola das vestes.

Tudo indicava que aquela mulher estava por trás de tudo, e se eu a encontrasse provavelmente encontraria também a resolução para todos meus problemas.

Keitaro: 490/550 HP :: 630/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Ego algum se mantinha quando o medo tomava conta de cada extensão do seu corpo. O cientista parecia completamente entregue a Keitaro no momento da ameaça, ele não temia apenas a própria vida, mas sim algo mais. — No subsolo! Desça e vire no corredor a direita, lá você encontrará uma plataforma falsa, ela estará lá embaixo... mas você não pode com ela, apenas corra por sua vida seu imbecil. — suas palavras soavam sinceras, com um certo tremor em sua voz.

Antes que o ninja avançasse, o rugido foi escutado e o som da pegada se aproximou ao ponto de ser óbvio: ele estava na escada. Seus olhos vermelhos encararam o do ninja mais uma vez, ele não avançava, mas novamente rugia, como se desafiasse o genin, enfurecido com sua fuga anterior. Subitamente saltou, mas não alcançou Keitaro, as paredes gelaram e do ar inúmeros espinhos de gelo surgiram, atravessando a criatura em diversos pontos do seu corpo. Em seus últimos suspiro de vida, os olhos da criatura deixavam o avermelhado, assumindo o azulado uma última vez, e o que antes era feroz, agora apenas implorava por piedade, estendendo sua mão em direção a Keitaro, em súplica, mas apagando-se segundos depois.

— Ela... ela salvou a gente... ela não faria isso. Quem é você?! — gritou o cientista, assustado.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

É instigante ver que mesmo uma criatura tão anormal quanto aquela, em seus últimos momentos de vida, manifesta um certo grau de humanidade. O que quer que esses cientistas fizeram com essas pessoas e com aquela coisa não segue ordem natural alguma, e é definitivamente um opositor claro a todas as ideias de liberdade que eu levo muito a sério. Nesse instante eu estava com o ódio pulsante pelo corpo, sequer me dei o luxo de responder aquele homem. Os passos eram pesados, e causavam certo choque contra os degraus. A única coisa que mantinha em mente nesse exato momento era o caminho que havia de traçar para alcançar o meu objetivo.

Keitaro: 490/550 HP :: 630/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Os passos de Keitaro eram carregados de um ódio descomunal, incrédulo com os limites que aqueles cientistas haviam ultrapassados naquele recinto. O que era aquela criatura? O que haviam feito com ela? Ele sabia os perigos que eram avançar daquela maneira, mas ele não se importava mais. A ciência sobre seu irmão, o pouco de humanidade que restou naquela monstruosidade e a essência de suas convicções era o suficiente para lhe criar uma determinação inabalável.

Desceu as escadas e avançou entre os corredores, facilmente encontrando a paisagem escondida no ambiente, relevando uma escada ao subsolo. Era notável que aquele ambiente se tornava cada vez mais frio de acordo com o que avançava, descendo as escadas as luzes vermelhas preenchiam toda a extensão daquele lugar, facilmente tingindo as paredes metalizadas.

— Você demorou... — a voz ecoava por todo o local, revelando um tom melancólico e frio, ao fundo era possível notar a dona daquelas palavras, sendo a mesma mulher que anteriormente notou na entrada daquela mansão. Pelo ambiente havia diversos tubos preenchidos com um líquido esverdeado borbulhante, era possível notar que em alguns deles algumas pessoas pareciam desacordada, mas ainda vivas.

Na possível tentativa de encontrar a Ren, Keitaro notaria que nenhum corpo nos tubos parecia ser dele, mas, por de trás da mulher, um tubo restaria, fora de sua visão. Uma voz então seria audível, um clamor e uma ordem. — Corra... Keitaro! — em um tom tão esgotado, de alguém que tinha chegado ao próprio limite.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

Em um mundo ideal, onde eu conseguisse manter toda paciência, calma e animação que havia nutrido desde o começo da missão, e não tivesse me distanciado completamente de todos os planos arquitetados até então, talvez eu tivesse descido aquela escadaria com mais cautela, fazendo menos barulho, e tivesse utilizado uma abordagem ligeiramente menos agressiva contra aquelas pessoas. Eu admito que me encontro completamente mergulhado em meus pensamentos, adornados com raiva, impaciência e determinação.

Estava deixando para trás todas aquelas pessoas que precisavam de minha ajuda, tentando me convencer de que iria voltar para ajuda-las futuramente, após lidar com o meu inimigo principal... Após descontar toda a frustração alimentada até então. Quando adentrei aquela sala e me deparei com aquela mulher, foi como se minha mente esvaísse qualquer pensamento avulso, focando-me completamente no meu mais novo objetivo: derrota-la.

”Fugir?” — Aquilo estava longe de ser uma opção. ”Diálogo?” — O fato dela não ter me atacado até então era intrigante, mas sua imagem já estava associada a muitos atos que vão contra tudo o que acredito. Não há mais perdão; Não há mais a necessidade de diálogo. O chakra ardeu, a transformação se desfez, finalmente revelando minha verdadeira aparência, que com certeza já não era mais um mistério. O meu corpo voltou a manifestar as características dos papeis, e em uma súbita manipulação, separou-se em numerosos armamentos, lançadas contra a posição opositora.

Keitaro: 490/550 HP :: 550/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

As shurikens romperam o ar surpreendendo a mulher com a agressividade emanada por Keitaro, rasgando sua pele em diversos cortes medianos. Um sorriso foi esbanjado em seu rosto, como se não se importasse devidamente com aquele ataque. — Calma garoto... não precisamos seguir esse caminho, certo? — sua fala soava tão mentirosa quanto era. Movendo-se alguns centímetros ao lado, Ren estaria exposto para Keitaro, conectado por diversos fios e claramente debilitado. Não havia nada lhe segurando, apenas o mantendo suspenso, não havia líquido naquele tubo e nenhuma veste envolvia a Ren, ele estava completamente exposto.

— Sabe... seu irmão é perfeito para o que planejamos e você não vai estragar isso, certo? — suas palavras acompanhavam o movimento rápido de suas mãos, forjando um pouco a sua frente cerca de cinco estacas gélidas que rompiam contra Keitaro, em alta velocidade almejando atravessar seus braços e pernas. Além disso, a mulher bateu forte seus pés no chão, iniciando um congelamento imediato de tudo em sua volta, que aos poucos ia se estendendo por toda a sala a frente, congelando também tudo que entrava em contato.

— Keitaro... não... — alertava mais uma vez Ren.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

A manipulação de papeis não somente é uma arte ninja, como também uma obra de arte. Mesmo em meio a um combate eu me entrego completamente na modelagem daquelas técnicas, tentando sempre refinar o meu chakra ao ponto de atingir a perfeição em cada dobra. Aquela era a única faceta da minha personalidade que continuava presente em meio ao estado de fúria em que me encontrava, completamente perdido, distante de tudo aquilo que tentei manter desde o início da minha carreira.

Meu corpo estava dormente, eu não conseguia sentir nada senão aquele sentimento pulsante e quente, que ardia em meu peito e mente. Observar as gotículas de sangue escorrerem por aquele corpo pálido me trazia conforto, quase como se fosse um abrigo que alimentava toda aquela ânsia que parecia se instaurar pelo meu corpo. Machucar ela é bom, é um sentimento novo... ”Eu quero mais...” — No fundo do meu subconsciente eu tinha noção de que aquilo estava errado em muitos níveis, porém era muito bom, e depois de todo aquele dia exaustivo, eu só queria me sentir bem, ignorando todos os meus problemas.

Conforme aquela mulher começava a fazer seus movimentos e suas técnicas começaram a se materializar pelo ambiente ao nosso redor, o meu corpo se desfez em centenas de papeis, levantando voo no intuito de evitar os ferimentos que poderiam me ser causados por aquela ofensiva. Tentava me manter a poucos centímetros do chão com o fim daquela movimentação, fitando a mulher, preparando-me para lançar contra ela toda a raiva acumulada até então.

A destra foi erguida à altura do peitoral, e dela uma rajada de papeis foi lançada contra a posição da mulher, levando consigo quatro papeis bomba, com o intuito de fixa-los em seu corpo em meio a torrente de papeis cortantes. Em ato consecutivo, a canhota se levantou, acompanhando a mulher caso ousasse se esquivar, lançando outra rajada com os mesmos parâmetros, também carregando as tarjas explosivas, com um percurso controlado a partir de meu chakra, tentando acerta-la pelo flanco.

”Eu quero mais...” — Aquilo estava divertido, e aquele sentimento primordial e pulsante se instaurava pelo corpo, causando-me até mesmo certa imprudência com o consumo de minhas reservas. Ambas as mãos se juntaram, e o chakra voltou a entrar em combustão, manipulando todos os papeis liberados pelas manipulações anteriores para irem de encontro ao corpo da mulher novamente, tentando acertá-la com um golpe por baixo, visando lançar o seu corpo para o ar e derrubá-la.

”Mais...” — Ainda não havia terminado, meu estado de fúria me guiava para uma performance imprudente e longa, e o chakra continuava a controlar os papeis, que após a tentativa de derrubada voltavam a chocar-se contra o corpo da mulher, em mais uma torrente cortante, enquanto da minha posição original, duas dezenas de shurikens cortantes eram feitas e arremessadas contra ela, uma versão muito maior da técnica que havia utilizado no primeiro momento.

Keitaro: 490/550 HP :: 370/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Em um estado de fúria, Keitaro ignorava constantemente as súplicas de Ren, que ao notar o estado do irmão se se sentia ainda mais imponente naquela situação. Um novo ataque surgiu, com uma corrente de papeis recheado com papeis explosivos avançando contra a mulher. Em um movimento rápido, de sua boca uma brisa gélida foi lançada, congelando parte do ataque no ar, no entanto a segunda onda avançou logo em sequência, conseguindo causar diversos cortes pequenos na mulher.

A nova corrente de papeis avançou, rasgando o vento tentando levantá-la suspensa no ar. A mulher rapidamente jogou-se para o lado, sendo atingida parcialmente pela corrente de papeis, rasgando seu braço direito no processo, mas evitando a tentativa de erguê-la. No entanto, a corrente foi remanipulada no ar, avançando contra a mulher junto as chuvas de shurikens que rompiam aquele espaço. Inúmeros cortes abriam-se em seu corpo, o sangue escorria tanto de sua pele, quanto dos papeis que se desfaziam no ar.

— Monstros não se criam, monstros não se forjam... monstros nascem. — as palavras da mulher acompanhavam o paredão de gelo que a envolvia. Era possível notar o papel explosivo congelado em seu corpo, e caso tentasse, não seria possível ativá-lo naquele momento. O gelo transparecido permitia que Keitaro enxergasse os movimentos da mulher, que injetava em seu pescoço um líquido negro.

Naquele instante, o vidro que envolvia Ren rompeu-se subitamente, em um avanço seguido de alguns selos de mãos que envolveram o gelo em uma marca enegrecida. — Temos pouco tempo... mas não conseguiremos fugir. Eu não posso enfrentá-la, Keitaro... E logo você também não será capaz. Existe uma chance... um poder que eu ainda estou estudando, talvez ele fortaleça suas habilidades, mas o custo disso pode ser irreversível. — Ren estava abaixo do seu irmão, claramente enfraquecido, e tomado por um frio inexplicável.

Naquele ponto, a sala já estava em temperaturas além de Kumogakure, com toda a sala congelada. Os pés de Ren ardiam em queimadura causado pelo gelo. Por mais que estivesse naquele estado, Keitaro talvez não conseguisse ignorar o aviso do próprio irmão.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

A cada segundo que se passava naquele campo de batalha, mais o aspecto fúnebre e gélido tomava conta do ambiente. As paredes e o solo começavam a mostrar sinais da fúria invernal que inundou o campo de batalha, e o tom carmesim começava a ser proliferado de acordo com as consequências de meus golpes.

— O que? — Eu não entendia exatamente o que estava acontecendo, não me encontrava em um estado mental decente para assimilar tantas informações. Tentava fazer com que as tarjas explosivas se ativassem para destruir aquela cúpula de gelo, porém não surtia efeito algum. Era frustrante, eu queria continuar e finalizar todo o sofrimento causado por aquela mulher, mas eu não tinha força suficiente, não tinha chakra o suficiente.

— Sim. — Era a única coisa dita, em tom sórdido, quase imparcial; Respondendo ao irmão mais velho.

Keitaro: 490/550 HP :: 350/900 CH

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ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Keitaro desceu na altura do próprio irmão, respondendo positivamente a proposta de Ren. Selos foram feitos e era possível notar que o ninja estava dando tudo de si naquele preparo. A mão de Ren pairou sobre o pescoço do irmão, transferindo uma enorme quantidade de chakra. Era possível notar as marcas saindo do corpo de Ren e indo para o corpo de Keitaro, concentrando-se em seu pescoço. Para Keitaro, a dor era inevitável, uma ardência que crescia em seu pescoço e se espalhava por todo seu corpo, ele podia sentir que algo estava mudando em todo seu ser, algo que não mexia apenas com seu físico, mas também com seus pensamentos.

Toda a raiva e ódio que guardava, pareciam aumentar em milhares e milhares de vezes, ele podia sentir aquilo correr em seu sangue, ódio puro transmutado em poder. Ren tirou sua mão, afastando-se do próprio irmão, usando apenas um selo para ativar o que fosse aquilo. De seus olhos, uma lagrima escorreu, ele sabia o que havia feito e sussurrando respondeu a mulher. — As vezes, monstros podem ser forjados. —.

O gelo que envolvia a mulher se rompeu naquele instante, rasgando o papel bomba que a prendia. Ela não era mais a mesma. Asas de gelos saiam de suas costas, uma íris avermelhada cercado pela esclera azulada. Seus dentes eram afiados como o de um animal e suas mãos possuíam grandes garras gélidas, uma verdadeira aberração, transmutada em metade besta humana e metade besta gélida.

Um movimento de mão fora feito, e boa parte do laboratório foi destruído, abrindo um enorme buraco como saída. A mulher alçou voou, mas antes de deixar ao local inúmeras estacas gélidas surgiram — Iremos nos reencontrar. — sua voz também não era mais a mesma, era amassada e soava como de alguém que mal conseguia mais se comunicar.

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ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

Eu nunca havia sentido dor nesse nível, capaz de despertar gritos completamente impossíveis de serem evitados. Não importa o quanto eu tentasse lutar contra aquilo, a dor era imensurável, e eu me via refém de senti-la. No entanto, tamanha era a deturpação de minha mente naquele momento que me vi perdido entre meus próprios desejos e aflições, tolerando moderadamente a dor, que sanava minha vontade por sentir algo, que anestesiasse toda a dor acumulada por todo o esforço até então, que tornasse mínima toda experiência que torturava a consciência que fora absorvido durante aquela missão. Com o tempo, eu começava a gostar daquela dor.

Com o fim, sangue escorria pelos meus lábios, manchando a face ao passo em que o líquido gotejava no chão. Eu sentia o meu chakra tomar um aspecto diferente, enquanto uma grande queimação irradiava pelo meu pescoço, tomando todo o meu corpo, desencadeando uma série de mudanças. Os fios de cabelo perderam completamente a pigmentação, tornando-se esbranquiçados como neve, crescendo moderadamente até que se formasse uma espécie de franja sobre o olho direito. Na altura da testa, acima da sobrancelha esquerda, uma espécie de marca enegrecida característica começava a ser visível. Os olhos se aprofundaram, com a íris reluzindo em um azul marinho vibrante enquanto a esclera tornara-se completamente enegrecida. A pele se tornara pálida, assumindo uma feição e semblante mórbido, ao passo que um par de chifres curvados surgem acima do par de orelhas pontiagudas, reluzindo em mesmo tom que a íris, com uma aura azulada fluindo através deles a cada movimento.

Com o auxílio de um par de asas de papeis, em um avanço repentino, eu me lancei contra o céu, de forma imprudente, mas tentando evitar o ataque opositor enquanto avançava contra a posição adversária. Os punhais de gelo se chocavam contra meu corpo e me feriam de raspão, fazendo com que o chão do laboratório ficasse ainda mais manchado de sangue. Agora, tentaria alcançar aquela criatura e manter uma distância considerável, onde começaria a realizar uma série de golpes, com o intuito de liberar todo o ódio acumulado, testar a potência de todo aquele poder e de fazê-la pagar por todo o terror que instaurou sobre aquele pacato vilarejo.

Quatro shurikens foram moldadas em pleno ar a partir da manipulação de papeis, sendo lançadas contra a posição da mulher em uma rotação muito mais potente do que a anterior, enquanto das asas uma chuva de papeis cortantes, quase como canivetes, foram simultaneamente manipulados, tentando acerta-la com o impacto duplo das técnicas.

Após todos os ataques ocorrerem, faria então uma segunda manipulação utilizando dos papeis presentes no ambiente, repetindo os ataques, porém agora pela traseira, como um efeito boomerang, ao mesmo tempo que realizava dois cortes verticais com ambas as mãos, deixando com que os papeis fluíssem em uma espécie de lâmina. — Você vai pagar. — Eu estava convicto de que faria com que ela se arrependesse de suas ações, almejando suas asas e seus membros com todos os ataques, tentando feri-la severamente para dificultar sua movimentação.

Keitaro: 400/550 HP :: 350/900 CH

Considerações:

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

O combate estendeu-se aos céus. Ambos, um de frente ao outro, transformados nas piores versões de si. Os sentimentos faziam parte daquele confronto, era possível sentir todo ódio, medo, realização que se espalhava pelo ar. Os olhos dos dois traziam a profundidade necessária, encaravam-se não apenas como rivais, mas como iguais, como se não houvesse o mínimo de disparidade entre os dois. Keitaro havia sido ferido, mas suas dores eram a menor de suas preocupações, já a mulher não portava mais nenhuma ferida, como se todas houvessem se regenerado no momento da sua transformação.

O ninja de Kumogakure foi o primeiro a agir, voando entre os céus com seus múltiplos ataques de papeis, um verdadeiro show de beleza e horror. Na primeira forma, as shurikens alcançavam sua nêmesis de raspão, rasgando-a enquanto ela avançava freneticamente em direção ao genin, almejando um corte da cabeça aos pés com suas enormes garras. Diante ao seu ataque, as manipulações de asas açoitaram seu corpo, atravessando sua pele e novamente derramando seu sangue.

Novamente as shurikens foram forjadas, mas em um movimento rápido o corpo da mulher foi revestido por uma pequena camada gélida, resistindo facilmente ao ataque. Novamente, ela aproveitou-se da sua defesa para iniciar seu ataque, girando rapidamente no ar tentando atravessar seu algoz.

A sequência de Keitaro, no entanto, provou a maestria das suas habilidades. A manipulação novamente foi feita, não apenas a atingindo, mas conseguindo romper parte de suas asas e garras de gelo, por alguns segundos a mulher se viu presa entre milhares de pequenas folhas que rasgavam sua pele com tamanha facilidade.

Ao fim do ataque, era possível notar os papéis banhados no sangue da mulher, que já demonstrava os sinais de cansaço daquele embate, respirando de forma lenta e pesada. No entanto, ela não iria desistir. Mantendo-se no ar, os selos de mão foram feitos rapidamente e de sua boca uma corrente de ar frio perseguiria Keitaro para onde tentasse correr, congelando tudo o que tocasse. Entretanto, a técnica não era tão simples quanto parecia, na corrente de ar gélida pequenos fragmentos de gelo avançavam, tão afiados quanto os papéis de Keitaro.

Considerações:

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

Em meio a uma fúria cega que me guiava de forma imprudente naquela maré de ataques, eu conseguia perceber minhas reservas se manterem, em vez de serem drenadas. Aquele poder que Ren me concedeu fazia com que minhas habilidades fossem aprimoradas e minhas reservas de chakra tornavam-se praticamente inesgotáveis. Eu conseguia sentir o poder em minhas veias a cada movimento, porém aquela sensação queimante que irradiava de meu pescoço drenava minha força física, e quiçá fosse o pivô do sangue incessante que escorria pelo canto da boca.

Continuava sendo prazeroso observar o corpo daquela mulher ser ferido, principalmente por eu ser o carrasco responsável por tamanha punição. Entre meus golpes ela via brechas para contra-atacar, e eu evitei o primeiro com um simples gracejo a partir das asas manipuladas, porém sua segunda ofensiva foi precisa, e acertou-me de forma leve, piorando parte dos ferimentos. Neste instante, onde fui atingido pelo golpe, eu percebi o quão distante eu estava da realidade e da humanidade. Aquele corte não me fazia pestanejar, muito pelo contrário, era uma dor suportável e agradável, que me distanciava das imensas outras dores que já sentia pelo corpo e mente.

Entre meus golpes tentava manter o uso do chakra para aperfeiçoar meus movimentos, no intuito de não deixar que a mulher tivesse a mínima chance naquele embate. No que parecia ser um ataque fatal, utilizei da técnica básica mais uma vez e aprimorei meus movimentos com o auxílio do Shikigami no Mai, tentando retirar o meu corpo da trajetória daquele raio gélido ao passo que os papeis desfragmentavam, auxiliando a movimentação.

Com o auxílio daquela esquiva, enquanto desvencilhava em pleno ar, banhado unicamente pela luz lunar, os papeis manchados de sangue foram novamente lançados contra a mulher, em uma rajada pela mão direita e outra pelas asas de papel, enquanto do corpo desprendia-se uma única tarja avermelhada, que se moldava no que parecia ser uma garça de origami. Mais duas manipulações eram liberadas, uma por cada palma, tentando mantê-la ocupada enquanto preparava a técnica, e então lancei-a, furtiva em meio a diversas shurikens de papel, tentando aproximar-se o suficiente da minha mais nova nêmesis.

A serie intermitente de golpes com papeis cortantes visava não só restringir seus movimentos como feri-la por todo seu corpo. Com o auxílio dos golpes, a garça finalmente encontraria seu alvo, e no momento em que a aproximação fosse suficiente eu faria com que todos meus papeis retornassem ao meu corpo, enquanto a garça terminava de fazer sua única função: Explodir.

Keitaro: 350/550 HP :: 350/900 CH

Considerações:

Aparência de Hawks, Boku no Hero Academia. Versão um pouco mais jovem. Vestes atuais.

Chakra Amaldiçoado: 142/500

Esquiva contra garras: 60
Esquiva conta corte: 53
Esquiva contra gelo: 63
Manipulação 1: 55
Manipulação 2: 55
Manipulação 3: 62
Manipulação 4: 63
Kami Shuriken: 66
Kami Kurēn: 59

Manipulações causam 20 de dano; Kami Shuriken causa 110 de dano e Kami Kurēn causa 100 de dano. (Desconsiderando discrepância e ferimentos)

Usados:

Equipamentos:

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Envolto por aquele poder, Keitaro evitou quase todos os golpes da mulher. Mesmo com aquele nível de poder, ela não era capaz de corresponder as forças daquilo que amaldiçoava o genin. A sequência de ataques foi tão bela quanto haveria de ser, os papeis avançaram pelo ar retaliando por completo a mulher, em diversas sequências que foram capazes de destroçar cada parte da sua transformação gélida, concluindo no singelo avanço da garça avermelhada, pousando próximo ao ombro da mulher e encerrando aquele combate em uma explosão fulminante.

O corpo da mulher despencou, e caso não fosse buscado, afundaria o solo em seu último suspiro de vida, por mais que estivesse em sua morte, um último sorriso veio em seu rosto. Da mansão, era possível notar que Ren, junto ao cientista restante, haviam resgatado todos os civis, afastando-se cada vez mais da residência, como se fugissem de algo.

O zunido no ouvido seria uma das primeiras consequências notáveis. Em meio a uma chuva de destroços e cortina de fumaça levantada por uma explosão, era possível notar que a mansão havia sido completamente destruída. Ninguém havia sido machucado em meio a explosão, mas talvez poucos civis resistiriam sem uma ajuda médica especializada.

Por sorte, Ren tinha agido. Ao retornarem ao vilarejo, alguns reforços já estariam esperando, montando um pequeno posto de atendimento para aquela pequena população. Kumogakure apoiaria o vilarejo em sua reestruturação, mas por enquanto, a missão havia sido cumprida. Mas a relação de Ren e Keitaro, talvez tivesse mudado para todo o sempre.

Considerações:

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

no time to die

Inevitavelmente aquele confronto tinha fim, e felizmente eu era o vencedor. Com a explosão eu conseguia observar o corpo da mulher em queda livre, e por mais que cada músculo do meu corpo quisesse deixar com que ela encontrasse o seu fim, meus pensamentos me guiaram até a sua posição, agarrando-a em pleno ar e levando-a em segurança até o chão, onde repousaria inconsciente. Nesse momento, em que me vi diante do chão, todas as transformações e técnicas se desativaram, e eu comecei a sentir a dor em sua potência máxima por todo o meu corpo, com o sangue escorrendo por cada corte.

”Essa foi de longe a missão mais difícil...” — Os pensamentos eram nublados por conta da dor insuportável, e o primeiro passo foi dado em direção a mansão, onde iria para resgatar os reféns, porém ao longe observei a saída de Ren, dos cientistas e dos reféns, respondendo com um sorriso, feliz por tudo ter dado certo no fim.

A mulher, os reféns e o máximo de cientistas possíveis de serem capturados seriam levados de volta ao vilarejo, onde teriam que responder perguntas incisivas feitas pelos meus superiores. Quanto a Ren e eu, iríamos de volta para a vila, seguindo a recomendação de buscar auxílio especializado no hospital de Kumogakure.

Keitaro: 350/550 HP :: 350/900 CH

Considerações:

Re: [Quest - Experiente] No time to die