[ Evento - Mundial ] A Guerra do Inverno

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

Relembrando a primeira mensagem :

[ Evento - Mundial ] A Guerra do Inverno - Página 2 Tumblr_ovpt8cYOta1r00543o1_500

Muitos temem a guerra e o calor da batalha, queimando a alma dos vivos e marcando a terra com o fogo da violência. Mas aquela era uma guerra singular. Única em sua essência. Trazia consigo um inimigo comum entre ambos os lados, um que não se cansava após uma investida, que não se ajoelhava perante a morte e nem mesmo temia o aço mortal. Era o frio. A ventania do norte do País lhe trazia a todo tempo, abrasando como se fogo fosse a pele das sentinelas estacionada sobre as ameias da grande muralha de gelo. E como queimava o frio... como penetrava e enchia o corpo dos homens; com o tempo, estavam tão cheios que o corpo tornava-se dormente, pesado, e não sobravam forças para que lutasse contra ele. De certo, não havia inimigo pior do que o frio, contra quem nem mesmo se tinha forças para lutar.

Mas talvez aquele não fosse o inimigo mais assustador às vésperas da guerra. Da esmagadora maioria dos soldados, pouquíssimos conseguiram pegar no sono. E como poderiam? Talvez aquela fosse a última das suas noites. Em poucas horas, talvez seus corações finalmente experimentassem a frieza do aço temperado, explodindo em sangue e deixando vazar para fora a vida em seus corpos. Era um momento de medo, onde a vontade dos mais bravos titubeava e os heróis se afugentavam sobre a neve.

Mas mesmo assim, o destacamento de soldados rumou às muralhas no crepúsculo da manhã, quando o fraco brilho do sol escalava o interior das montanhas a quilômetros dali. Reuniram-se todos em seus próprios esquadrões, centenas deles, cada um composto por um número substancial de ninjas. Sob o comando da trindade entre Genryuu, Himari e Ren Yuki, cada uma daquelas pequenas unidades tinha a sua importância, o seu papel a ser preenchido no campo de batalha.

Mas por muito tempo, o exército encarou a maré mansa da encosta, sem navios, ninjas ou tsunamis de chakra projetadas contra a grande muralha que cercava o País da Geada. Tirando as vozes dos milhares de defensores, aquele era um silêncio ensurdecedor, quase... demoniaco. Como se esperassem por coisa nenhuma. O alívio em seus corações pareceu brotar como uma flor singular, aos poucos desabrochando e dando seus primeiros frutos, mas tudo isso foi levado com o vento quando a primeira silhueta shinobi surgiu em meio ao nevoeiro que a poucos instantes se instalara sobre o mar. Aos poucos, mais deles foram surgindo, aquela pequena mancha negra se tornando um grande tom de preto sobre a praia.

Como um dos esquadrões em patrulha nas ameias da muralha, Keitaro, Sariel, Susume e Daisuke, bem como seu esquadrão, foram um dos primeiros esquadrões a observar a chegada do exército inimigo. No entanto, diferentemente do que outros jovens do seu esquadrão conjecturaram que poderiam ver, não havia nenhum sinal de Zetsubo Hoshigaki. O paradeiro da grande Sombra da Água era uma incógnita, ainda que fosse ele o personagem principal da sangrenta história de terror que seria escrita naquela praia.

Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Para fins de permissão de postagem de treinamentos e afins, fixa-se a máxima de que este tópico servirá como a Narrativa do presente dos jogadores em questão de cronologia. Dito isso, missões e outras formas de sistemas que devem ser executados no tempo presente ficarão bloqueados aos participantes até a finalização do evento. RPs, treinamentos e afins no passado ainda podem ser realizados, ainda que seus ganhos de poder e conhecimento de habilidades não serão computados ao que estiver ocorrendo aqui.

A ordem de postagem é uma só e ela será estabelecida de acordo com esse primeiro turno. Os jogadores são livres para decidir entre si como será organizada essa ordem de postagem. O narrador, obviamente, postará após todos os jogadores, encerrando o turno. O primeiro turno contará com 72 horas para todos os jogadores postarem neste tópico e aqueles que assim não o fizerem serão desclassificados do evento.

Após o primeiro turno, o W.O de cada um dos jogadores será de 24 horas. A perda do tempo de postagem, se não justificada, implicará aos jogadores infratores a penalidade de dano grave (100% da efetividade do golpe) caso tenham sido atacados e, caso não tenham, outras penalidades poderão ser aplicadas.

Será dada permissão aos jogadores para que participem de um Chat-Privado no Discord para que tirem dúvidas, justifiquem a demora na postagem, interajam sobre o evento ou coisas do tipo. Neste chat estarão presentes os Administradores Suzue e Isabel.

Não se preocupem com modificadores. O evento foi feito para que desfrutem dele ao máximo sem que o Grind realizado seja um ponto divisor de águas. Vocês são livres para narrar observar a chegada dos soldados ou interagir entre si neste turno. Saibam das seguintes informações: fora vocês quatro, outros seis fazem parte desta unidade cuja responsabilidade é guarnecer o topo da grande muralha de gelo moldada pelos guerreiros da Geada. Entre esses outros seis, um é o Jonin-Capitão da unidade. Sariel e Keitaro são os sub-tenentes do esquadrão.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 30000/30000
Soldados Defensores: 42000/42000

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

Sariel e Keitaro ainda exibiam um semblante de preocupação ímpar, a morte de Daisuke pairava no ar como um grande nevoeiro que preenchia a mente de todos. Na minha mente, era apenas uma questão de tempo até que eu fosse o próximo, por ser o elo mais fraco da corrente. Sariel externou o que se passava na mente dele, e também recorria sobre o mesmo assunto. Ele tentou me confortar dizendo que morreríamos todos juntos, se assim fosse necessário, mas a verdade é que eu não queria morrer de forma alguma, e nem eles deveriam estar dispostos a entregar a vida para fazer isso. Suas palavras me encheram de aflição, mas eu consenti, pois não queria dar motivos para que ele pensasse que sua tentativa não servirá conforto algum aos meus anseios.

- Morreremos juntos, então. - Esbocei um sorriso da melhor forma que consegui, não era meu forte, já que eu havia sorrido pouquíssimas vezes durante minha vida, pelo menos que eu me lembre. Imagino como deve ter saído forçado ou até mesmo todo desengonçado... A distração me trouxe a percepção de que eu não tinha o costume de apenas sorrir. E isso me fez sentir pleno, mesmo que por um instante.

A medida que nos aproximávamos do navio, o mesmo entrava em perspectiva com a minha capacidade de percepção: era um titã. Olhar de longe com certeza o faz parecer menor, e não era só grande como também completamente revestido com grossas placas de metais. Subir no navio significava chamar a atenção de todos a bordo para eu, Sariel e Keitaro, e por outro lado, não seríamos capazes de arranhar o casco dele nem com nossas melhores técnicas. Se um dos soldados de Zetsubo já tinha sido o suficiente para ceifar a vida de Daisuke e forçar o gasto de nossos recursos, não imagino o que uma manada deles poderia fazer. Certamente queríamos nos manter os mais furtivos possível.

Rapidamente o plano surgiu das palavras de Sariel. Ele basicamente queria transformar a Ravi numa bomba nuclear ambulante, e apesar de eu estar sacrificando a sombra da mesma, não é como se ela fosse morrer em algum lugar dentro de mim para servir de mártir. Minhas habilidades agora tinham alcançado um patamar onde a sombra era apenas uma projeção do que estava de certa forma "vivo" dentro de mim. Prontamente concordei, embora Keitaro tivesse suas ressalvas com o plano.

- Não é como se nos sobrasse alguma opção. O navio deve estar tomado de gente por todos os cantos, não demoraria muito tempo até que fossemos descobertos. Tentar virar o navio ainda nos daria algum tempo para ganhar distância dos nossos adversários caso seja necessário. - Concordei, imediatamente fazendo o selo do rato com as minhas mãos. - Ravi, acorde.

A minha sombra na plataforma de Keitaro se projetou para cima e começou a tomar a forma de um Wyvern, que eu prontamente materializei da forma mais silenciosa que pude. Fiz um carinho no queixo da minha fiel companheira enquanto colocava nela todas as tarjas explosivas que eu tinha, junto as de Keitaro e as de Sariel.

- Hoje você vai ser um verdadeiro estouro, garota. - Mais um carinho, dessa vez em sua testa, sob seus chifres, davam minha indicação de que ela estava pronta para ir, armada com um total de 21 papéis bomba. - Bom, se não morrermos explodidos, espero que não morramos afogados.

Esperei a distração de Sariel com suas bolas de fogo, enquanto Keitaro teleguiava as mesmas com seus papéis para criar uma distração rápida, que facilitaria o objetivo. Quando isso aconteceu, imediatamente ordenei que Ravi alçasse voo, e num bater de asas, lá estava ela. Em um rasante predatório, a mesma pegou todo impulso que eu pude forçar com meu controle de chakra, e mergulhou como uma agulha até as profundidades da água abaixo do navio, onde se posicionou. Quando ela estava perfeitamente onde deveria estar, eu acenei para Sariel e Keitaro, que sincronamente comigo, deram a ordem de explosão das Kibaku Fuudas, e então um grande estrondo ecoou pelo local, vindo das profundezas, tão alto que mal podíamos escutar as vozes um dos outros, enquanto Keitaro tentava nos proteger com uma parede de papéis.

"Será que vai dar certo?" Pensei.

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 443/550

Observações:

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

Em sua terra natal, o valor de um soldado é definido por berço, posição social e patente militar.

Na guerra, este valor é forjado por um único momento; um instante de ouro, nascido de escolhas, impulsos de bravura ou tolices intentadas.

Mas seja ela qual for a resposta, Susume, Keitaro e Sariel tinham forjado seu valor em uma pira de luz que brilharia nas canções de cada bar, roda de amigos ou reuniões em que aquele lendário momento histórico fosse mencionado.

E tudo por causa de uma ideia aparentemente simplória, mas carregada de uma engenhosidade a qual os invasores do País da Água não mostraram-se aptos a prever. A besta dracônica erguida por chakra, celulose e chamas atraiu a atenção dos atiradores e dos soldados que guarneciam o navio que, numa vã tentativa de evadir-se de uma investida direta ajustaram o ângulo do canhão energético, com o objetivo de dispara-lo diretamente contra o construto, varrendo-o da face da terra. Um ato desesperado do comandante da embarcação, que não foi capaz de ver através das maquinações do grupo de Kumogakure no Sato.

Distante dali, navegando nas profundezas do mar, a entidade sombria nascida dos desejos e da força de vontade de Susume carregava consigo uma infinidade de selos explosivos. Quando ajustou-se na posição em que havia combinado com seus companheiros, o Nara acionou os selos remotamente, enviando a energia espiritual como se um detonador remoto fosse ativado. Num instante tão desprezível que provavelmente passou despercebido aos garotos e aos soldados, a água cristalina inflamou-se em brilho alaranjado, tão impressionante era que a atmosfera outrora azulada tingiu-se de um amarelo intenso. No outro, a energia evaporou a água nos interiores, elevando uma quantidade inenarrável de hidrogênio para o alto, numa impulsão destrutiva que não somente elevou o navio como destruiu suas placas metálicas e subiu aos céus, movimentando o canhão no instante em que planejava disparar. E a fusão da explosão do canhão e sua fonte de energia em conjunto à dos papéis bombas fora sem precedentes.

E o resultado mais do que improvável não poderia ter sido pior... aos invasores. O barco alvejado simplesmente desapareceu, com seus estilhaços reduzidos a lascas tão pequenas que facilmente seriam confundidas com palitos de dente, só que em combustão enquanto se espalhavam através do firmamento. A violenta explosão de luz foi imediatamente seguida por um som ensurdecedor que abafou os gritos da guerra, liberando uma poderosa rajada de vento que não somente lançou uma centena de metros os rapazes responsáveis como também jogou ao chão as fileiras que guerreavam perto dali. Os olhares dos shinobi perseguiram a explosão quase que instantaneamente e a maioria deles simplesmente parou por um instante, observando a destruição por alguns segundos antes que retomassem o confronto.

E no barco, a situação era de calamidade. Um dos canhões havia sido completamente destruído juntamente ao barco; os outros sofreram com danos terríveis à sua estrutura, e vagarosamente afundavam na medida em que os shinobi ali dentro escapavam para a água. Por mais que soubessem que tratava-se de um ataque inimigo, naquele momento era mais importante que salvassem os que ainda tinham vida. Quando o grande fumo avermelhado se estabilizou no formato de uma grande, era possível vislumbrar as dezenas de corpos amontoados nas proximidades do navio, em condições que não cabe a um mero narrador descrever em seus detalhes mais sórdidos.

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Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Cada um dos participantes terá 48 horas para postar de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

Em virtude da ação de vocês deste turno, não haverá uso de nenhum número imaginário em benefício das tropas invasores, visto que um dos canhões foi destruído, o barco ao lado está avariado e as atenções estão todas voltadas para o grande incêndio que nasceu da ação de vocês.

Susume, sua ação conseguiu desencadear algo muito maior do que a explosão dos Kibaku Fuuda — por mais que essa em si seja algo a se louvar. Por conta disso, o reator que alimentava os canhões explodiu, destruindo completamente o navio e avariando gravemente os navios próximos. Os canhões NÃO funcionarão mais graças a sua jogada, parabéns.

Por uma questão narrativa, o personagem de vocês foram arremessados para longe da explosão, um efeito semelhante a uma forte onda de choque se espalhando à partir da explosão, mas nada que cause algum dano aos seus personagens.

Tentei tirar uma pausa dos trabalhos e postar para vocês, espero que tenham gostado. A próxima ação é livre: vocês podem se reunir, voltar para mais ordens, se juntar ao embate principal, enfrentar os ninjas dos barcos que estão tentando fugir/sobreviver ou algo do tipo. Dependendo da decisão de vocês, coisas diferentes podem acontecer.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 14.658/30000
Soldados Defensores: 36.885/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

No instante em que a explosão se formou, meu corpo foi atirado contra as águas daquela maré, afundando levianamente. Aquela sensação, de vitória, de objetivo cumprido, ela valia tudo naquele instante, era como se minhas energias e vigor fossem renovados com aquele momento, alguns poucos segundos onde meus pensamentos se acalmaram e meus olhos fecharam-se enquanto mergulhava, cada vez mais, como se eu estivesse finalmente desistindo depois de tudo.

Subitamente despertei, nadando rapidamente de forma a superfície, apoiando-me sobre as águas com o auxílio do meu chakra. Meus olhos percorreram as demais direções, avistando Keitaro alguns metros dali, sinalizando que devíamos nos reagrupar um pouco a frente. Não havia encontrado Susume, mas sabia que ele estaria bem e logo se encontraria conosco. O campo de batalha, de certa forma, atentava-se a nossa presença, o que me deixava em alerta mesmo naquele momento passageiro de paz.

— Você viu ele?! O Susume? — questionei notando a chegada de Keitaro, mirando ainda ao horizonte esperando encontrá-lo.

Considerações:

Uchiha Sariel

600/600

275/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

A explosão que viria após o combinado de nossas ações reafirmava meu pensamento anterior, de que todo cuidado é pouco com tantas tarjas explosivas envolvidas em uma explosão. Apesar do nosso sucesso, uma força muito maior que a minha chocou-se contra minha posição, desfazendo a técnica defensiva e minha transformação, lançando o meu corpo de forma desgovernada a diversos metros de distância.

Por alguns momentos pensei que estivesse próximo da morte, porém todo o treinamento feito para me tornar um ninja contribuiu para o aumento da resistência corporal, e mesmo já ferido, consegui voltar a erguer meu corpo, que anteriormente estava afundado em meio ao mar aberto. O chakra foi moldado de forma a manter-me sobre as águas, e ao longe avistei Sariel, também recuperando-se.

— Sariel! — Chamei pelo seu nome, atraindo sua atenção e gesticulando para que viesse até minha localização. Nesse momento, consegui dar completa atenção à visão proporcionada por nosso plano. A angustia que pairava sobre meu peito aos poucos diminuía, finalmente regozijando a cena da frota inimiga lentamente se esvaindo.

— Não vi. Eu também acabei de me levantar — Respondi ao Uchiha, tossindo o sangue que acumulou entre os lábios, por conta da longa utilização do selo amaldiçoado. — Susume! — Lancei aos mares, enquanto procurava pelo mais novo, com a esperança de que ele estivesse bem.

Keitaro: 310/550 HP :: 715/900 CH

Considerações:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

Nem nos meus maiores devaneios eu poderia pensar que nosso plano teria sido tão eficaz. Eu certamente já havia encontrado situações para provar a utilidade de tarjas explosivas, mas o poder de devastação que possuem quando utilizadas em quantidades altas não é algo que é ensinado na academia ninja, afinal, seria quase como formar terroristas prontos para explodir vilarejos inteiros se assim quisessem. Esperávamos criar algum tipo de abalo que fosse o suficiente para virar o navio, e o resultado que recebemos foi aniquilação quase que completa do seu casco de metal, num estrondo lumínifero de proporções estratosféricas. O impacto no oceano foi tão grande que a quantidade de água impulsionada aos ares em função de nosso plano, nos faziam parecer formigas em um enorme deserto aquático, prontas para serem engolidas pela violenta fúria de um evento climático catástrofico.

O impacto cinético destroçou a barreira reforçada de Keitaro como se ela fosse literalmente, de papel, o que é irônico, pois é papel de fato, e nós, que acreditávamos estar protegidos, fomos surpreendidos por um impulso que não só nos ensurdecia, mas que também nos arremessou com toda força para diferentes direções, a medida que éramos engolidos pela avassaladora quantidade de água. Eu, sem reter o mínimo de controle pelo meu corpo, me entreguei a empuxo da água até que eu tivesse forças o suficiente para sustentar meu corpo contra a correnteza que começava a se assentar enviando enormes ondas em direção ao continente. Quando consegui firmeza suficiente, já podia sentir a água adentrando pelas minhas narinas e ouvidos, a hipoxia começava a fazer meus pulmões arderem vertiginosamente, enquanto eu procurava a superfície da água com meus braços e pernas.
Eu conseguia localizar a luz, de forma fácil, e enxergava meus arredores com determinada facilidade também, o que em teoria, indicava que eu não estava em grande profundidade, e depois de alguns segundos que se prolongavam na minha percepção em minutos inacabáveis, eu consegui chegar a superfície no auge do meu cansaço.

Cuspindo toda água que eu podia, puxei todo o ar que eu conseguia para encher meu pulmão e recobrar totalmente o controle da situação. Olhei para o horizonte da superfície, ainda turbulento pelas ondas revoltas causadas em função da explosão, e tudo o que pairava sobre este eram destroços. Não muito longe dali, Sariel e Keitaro olhavam em cada ângulo possível de suas visões, não sabia ao certo o que procuravam, mas esperava que fosse por mim. Ainda com uma percepção prejudicada em função da privação de oxigênio, consegui escutar meu nome, e com todo meu fôlego, elevei o tom da minha voz para tranquilizá-los:

- Estou aqui! - Gritei enquanto arfava, inalando ar profundamente mais uma vez, procurando me aproximar cada vez mais de meus companheiros de equipe. Com movimentos vagarosos sobre a superfície, nos aproximamos o suficiente para escutar com clareza um ao outro. - O que faremos agora? - Falei, enquanto tirava o cabelo molhado dos olhos e inspirava profundamente mais uma vez, procurando ar com o desespero de quem havia forçadamente sido privado dele em uma situação extremamente adversa.

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 443/550

Observações:

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ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

A espada glacial do general da Geada assoviou um cântico desafinado antes que atravessasse o ar à frente do Mizukage. Zetsubō parecia compenetrado na batalha; o tronco recuou para longe na medida em que os pés se reordenavam em ré. No momento em que o destemido general Ren acometeu em outra investida, correntes de água irromperam das ondas do mar e se avultaram em seu caminho, tracejando poderosos golpes que lhe impediram de manter firme a ofensiva. Percebendo que não mais podia avançar, Ren interrompeu suas passadas, balbuciou algo que pareceu ter se perdido em meio aos gritos de guerra e observou enquanto o ambiente aquático — e as correntes que lhe alvejavam — se congelava por inteiro.

A batalha entre aquelas duas forças da natureza estava marcada por um eterno empate. Água e Gelo não encontravam em si um rival, mas um oponente de eterno. Se a habilidade de um deles fosse estonteantemente superior ao do outro, talvez o embate encontrasse um fim diferente, mas este não era o caso. Eram ambos veteranos de suas próprias guerras e vivências, guerreiros forjados e temperados no sangue derramado na batalha.

Para o General, no entanto, o resultado era esperado e benéfico à causa defendida. Na medida em que Zetsubō Hoshigaki estava ocupado, suas tropas eram pouco a pouco massacradas. A vitória do time de infiltração lhes entregara uma importante cartada e ele não estava disposto a deixar o algoz em sua frente virar o rumo de uma batalha já vencida.

Mas Zetsubō, impressionantemente, não parecia tocado. Em eterna eutimia, o Mizukage parecia deleitar-se com o combate travado com Ren. A morte, que lhe rodeava aos milhares e ceifava a vida de seus homens, não lhe trazia nenhum assombro. Por um instante, Ren cogitou que talvez a única coisa mais fria que seu Hyouton fosse a alma daquele homem. Imerso naquele pensamento que não durou mais do que meio segundo, o general não observou quando uma adaga de água emergiu do solo abaixo dele, engalfinhando-se em sua carne e escavando seus músculos. Um ferimento leve que só não significou seu fim graças aos seus sentidos aguçados, permitindo-lhe um salto para a segurança da terra firme antes que a batalha tivesse sido encerrada.

Quando o General olhou de volta ao antagonista, a mesma silhueta que outrora lhe informara acerca dos "planos" do Mizukage fez-se presente como se sempre estivesse ali. O general aguçou os sentidos e, em vez de atacar, escolheu escutar.

— Ele finalmente conseguiu o acesso, senhor. A barreira Espaço-Temporal permanecerá desligada por trinta minutos. Podemos dar início a fase final do plano. — Com um movimento, a mulher pareceu menear as amarras do tempo e do espaço, rompendo ambos em uma fissura com aproximadamente dois metros de altura, suficiente para que um homem alto atravessasse sem problemas. A morte dos soldados não trouxe à faceta do frio homem nenhuma forma de agonia ou preocupação, mas aquela notícia pareceu lhe ter atingido de uma macabra felicidade, pincelada no rosto na forma de um sorriso de vitória.

E havia vencido. E olhou para o General quando percebeu isso, para que ele também soubesse.

— Há um convidado atrasado para este momento histórico, General. Alguém ceifado da história como um pária, mas que sempre teve o direito à este encontro. O buscarei pessoalmente e espero que todos aqui lhe deem as boas vindas. — E sem que precisasse citar o seu nome, os olhos do general arregalaram-se em espanto. Com exceção da nova geração, nascida na década de paz que sucedeu a guerra, não havia nenhum shinobi naquele mundo que não conhecesse o terror o qual o Mizukage se referia de maneira contente. Era único, afinal. O único shinobi cuja memória foi borrada da história shinobi tamanha a desonra que trouxera aos seus. Alguém trancafiado numa prisão eterna, condenado a um estado de suspensão que deveria durar para sempre.

O culpado pela Guerra da Conquista e também aquele que posteriormente viria a ser conhecido como o Pai do Homicídio pela maior chacina já realizada desde o renascimento do mundo shinobi.

Por mais que Ren e o medo caminhassem distantes um do outro com certa frequência, o nascer daquele nome em sua mente acorrentou lhe em uma estranha sensação de ansiedade.

Muito havia sido discutido com o fim da Guerra da Conquista. Por mais que muitos países tivessem saído da guerra destruídos, economicamente falidos ou mesmo roubados do seu direito de vingança, a prisão daquele indivíduo fora debatida com o mais alto dos sigilos entre os maiores líderes da época. O segredo era passado unicamente entre os membros chefe dos vilarejos e do shogunato do ferro, para que ninguém nunca ousasse liberar aquele mal no mundo outra vez. Como medida última para garantir que nunca mais sairia, um indivíduo, tomado entre os milhares de shinobi da época como o mais poderoso fora escolhido a dedo para selar a prisão, garantindo que ninguém, por quaisquer que fossem os motivos, o liberaria outra vez. A promessa foi selada por diversos fuinjutsus e maldições, com o único objetivo de garantir que aquele homem não conheceria mais a liberdade.

Mesmo assim, tudo havia silenciosamente caminhado para aquele fim.

E antes que pudesse dizer qualquer coisa, Ren observou, imóvel, enquanto Zetsubo calma e vagarosamente adentrava à fenda dimensional, rumando ao outro lado.

— Deixo esta tediosa distração com vocês. Até breve! — Disse, dando às costas a aliados, inimigos e rivais.

[...]

Com o nascimento da fenda dimensional e a chegada dos dois invasores, o semblante da única sentinela ali em guarda se fechou profundamente. Sua aura era antiga, de grandeza e poderio assombrosos, e o mero verbalizar das suas palavras pareciam como se um grande sino ecoasse dentro da cabeça dos ouvintes, reverberando cada um das suas células e preenchendo-as com um profundo medo.

[ Evento - Mundial ] A Guerra do Inverno - Página 2 VKHVzFC

"... Os vivos não pertencem a este lugar...
Eu resolverei isso."

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Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Cada um dos participantes terá 48 horas para postar de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

Uma vez que o turno anterior foi meramente uma resposta aos acontecimentos, as postagens não serão avaliadas para fins de diminuição das tropas inimigas.

Uma vez que o quantitativo de tropas de Kirigakure atingiu um patamar crítico, as tropas começaram a recuar, percebendo que uma invasão com tão poucas unidades seria inviável a longo prazo. No entanto, como observaram, batalhas continuam estourando através da encosta enquanto os inimigos estão em retirada. Vocês podem contribuir com a batalha para diminuir mais rápido os números inimigos ou simplesmente descansarem até o fim da batalha.

A assistente do Mizukage abriu um portal para alguma localidade desconhecida e ele está deixando o campo de batalha por algum motivo. Os soldados de Kiri que observam isso estão tão surpresos quanto os ninjas defensores, e a continuidade de tal ato pode ou não ser acompanhada pelos personagens de vocês, a depender de suas ações. Como é premissa básica do Lasting, vocês podem se envolver em quaisquer grandes tramas que quiserem, desde que isso ocorra em ON.

Boa sorte e divirtam-se. <3

Soldados de Kiri: 9.101/30000
Soldados Defensores: 34.107/42000

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

Joguei-me a areia quando notei a aproximação de Susume, encarando ao céu. Por alguns resquícios de segundos, encontrei uma certa paz em meus pensamentos e sentimentos, me conectando aquela breve sensação de uma sequência de vitória. No entanto, a memória daquelas vitórias logo trouxe-me de volta a realidade, eu ainda estava em meio a uma guerra e muitos já haviam morrido para que eu me permitisse o luxo de descansar.

— Fomos incríveis... todos nós. — minhas palavras até pareciam um pouco desanimadas, mas eram e soariam sinceras para aqueles dois que já conheciam meus trejeitos. Ergui-me novamente, encarando o campo de batalha, que já não se encontrava fervoroso como antes, muito sangue banhava a praia e aos poucos contaminava a água do mar, era possível notar que a quantidade, de ambos os lados, já teria diminuído por muito, mas Kirigakure definitivamente estava em desvantagem, o que acontecia e continuava a acontecer, era um verdadeiro derrame de sangue.

— Ainda não é o suficiente?! — questionei um pouco revoltado, virando minha atenção as duas peças principais daquele dia. Ren era absoluto, mas o Mizukage jamais tremeria em sua presença, um combate de igual para a igual, destinado ao um enredo sem fim, caso ainda não fossem humanos limitados não apenas pela energia em seus corpos, como o chakra que alimentava suas habilidades, então, a perguntava que me assombrava era: quem duraria mais?

Quando o tempo-espaço foi rasgado, abrindo uma fenda inesperada um pouco a nossa frente, virei a atenção dos meus pensamentos inteiramente ao acontecimento, escutando minimamente o cântico de vitória de Zetsubo. Suspirei antes de me colocar um passo a frente do que havia restado do nosso esquadrão, naquele momento havia decisões a serem tomadas que eu jamais gostaria de tomá-las, e sequer dependia somente a mim a resposta final de nosso próximo ato, mas muitos haviam morrido naquele dia para um final incerto, mesmo sendo apenas um peão no tabuleiro daquela guerra, enquanto ainda pudesse lutar... eu lutaria.

— Sinceramente... eu o convido a nossa morte. Não somos forte o suficiente para o que quer que nos aguarda daquele outro lado, nós sequer estamos preparados para tamanha insanidade, mas veja... estamos ganhando essa guerra, né? Infelizmente por conta de milhares de mortos que acreditaram na falsa causa de Zetsubo. Mas desistir agora... mesmo que nossa ajuda seja mínima, devemos tentar, devemos atravessar aquela fenda, ir ao outro lado, e se for para morremos hoje, que estejamos junto, certo? — minhas palavras pareciam ser direcionadas aos dois, no entanto, em meu momento final, encarei a Keitaro, com um olhar de que ele entenderia que todas aquelas palavras referiam se a ele e somente a ele.

Por fim, encarei a Susume, esperançoso que pudesse, com tão pouca autoridade, ordená-lo — Você deve voltar... relatar nosso sucesso e comemorar o futuro fim da guerra com sua família... você foi incrível hoje, nenhum outro genin ou até mesmo chunin teria feito o que você fez... você é um herói, Susume e isso não é um pedido, mas uma ordem como seu superior. — minhas palavras terminaram junto a um sorriso sincero, ele não deveria ir adiante naquele confronto, ele não deveria sacrificar mais do que havia sacrificado. Ao fim das minhas palavras, avancei, confiando que Keitaro me acompanhasse, mas sem olhar para trás em nenhum momento.

Eu estava determinado a atravessar aquela fenda.

Considerações:

Uchiha Sariel

600/600

275/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

As consequências de uma explosão como aquela reinam frescas em minha memória, mesmo que suas cicatrizes já tenham sido exauridas da realidade. Apesar de estarmos bem, meu coração palpitava em ritmo acelerado, manifestando uma crise moderada, gerada pelo medo de que algo pior tivesse acontecido. Eu teria me afogado em culpa se Susume não se revelasse entre a maré e se juntasse a nós. A volta do mais novo apaziguou a tensão que ponderava sobre minha mente, e uma sutil faísca de alívio enfim se acendeu.

Em contraste à minha inércia, Sariel conseguia fazer uma leitura do campo de batalha e determinar que a batalha ainda continuava. Era, de fato, frustrante pensar que mesmo após o sacrifício que fizemos, nosso esforço não fora o suficiente para acabar com aquilo de uma vez por todas. Mas eu não me deixei levar pela frustração, graças às palavras do Uchiha, às quais eu respondia com o mais realístico sorriso.

— Com você... — Uma chama ardia no peito, porém os lábios hesitavam. Em uma questão de segundos eu me lembrei de tudo o que nos trouxera até aqui, as muitas missões, os treinamentos... Em todas as ocasiões mais importantes da minha vida, ele sempre estava lá. — ...eu vou para qualquer lugar com você, Sariel — Pela primeira vez, aquelas palavras significativas não saíam em tom abafado, nem mesmo eram acompanhadas por um rosto corado. O que ardia em meu peito era orgulho, não só de ter vencido aquelas pequenas batalhas, mas também por ter finalmente desvendado aquele sentimento há muito enigmático. Eu o amo... Mais que tudo.

— Eu tenho intimidade com o alcance de suas habilidades, Susume, e sei que você já não é mais a mesma criança que conheci no começo do inverno. Se não fosse por você, nós não estaríamos aqui agora, e isso faz com que eu te veja como um igual, e não mais como meu inexperiente kōhai que precisa de proteção. — Comecei o discurso após as palavras de Sariel, levemente acanhado, pois estava prestes a contraria-lo. — Como seu senpai, eu te dou liberdade para decidir por si mesmo o seu próximo passo. Eu irei acompanhar Sariel, e recomendo que você siga o que ele te ordenou, mas te concedo o benefício de tomar sua própria decisão. Reconhecer seu crescimento é o mínimo que posso fazer por você. — Por fim, sem esperar por uma resposta do Nara, abandonei sua presença em passos largos, acompanhando a arrancada inicial de Sariel e juntando-me à sua investida em direção ao desconhecido.

Keitaro: 310/550 HP :: 760/900 CH

Considerações:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - País da Geada

O resultado da nossa ofensiva era notável. Na areia, as tropas de Zetsubo confrontavam arduamente a aliança shinobi, que agora, sem os canhões do navio, não eram capazes de resistir. Amplamente em desvantagem de números, os soldados de Kirigakure pereciam, e pouco a pouco e encosta marítima era tomada por um vermelho carmesim, uma visão um tanto quanto aterrorizante. Respirei fundo e por um momento, por mais perigosa que minha missão aqui tivesse sido, talvez fosse ainda pior estar na frente de batalha, lutando contra múltiplos ninjas ao mesmo tempo. Mesmo com o resultado quase confirmado, eu deveria admirar a fé dos guerreiros de Kiri em Zetsubo, mesmo quando fadados ao fracasso, seu espírito de luta era inabalável, o que me fazia acreditar que seria uma questão de tempo até que o Mizukage revelasse alguma artimanha. Esse definitivamente não era o fim.

- Nada vai ser o suficiente para pará-los. - Respondi a Sariel - Zetsubo inflamou esse sentimento dentro de cada um deles... por tempo demais.

Subitamente, uma fenda de dois metros de altura se abriu próximo ao Mizukage. Não podíamos ouvir nada do que acontecia no navio, e se não fosse pelo sorriso sádico no rosto de Zetsubo, eu poderia dizer que ele estaria abandonando o campo de batalha por ter aceitado a derrota, mas não. Seu semblante exalava confiança, e o sadismo sempre presente em sua aura se acentuava drasticamente, não precisava de muito raciocínio para chegar a conclusão de que ali estava se iniciando, ou talvez terminando, o plano de guerra de Zetsubo. Seu próximo movimento, ao menos para mim, era uma incógnita sem precedentes, mas que surtiria efeitos devastadores caso obtivesse sucesso. Ao ver o mesmo adentrando a fenda, Sariel e Keitaro se colocaram imediatamente em prontidão, enquanto conversavam sobre encontrar a morte em conjunto, e até mesmo morrer, se isso significasse a paz para o mundo shinobi.

Neste momento percebi o quão fútil e egoísta eu estava sendo, a minha vida toda eu nunca havia tido a necessidade de me preocupar com alguém, e a única pessoa digna de valor para mim, era eu mesmo. Esse pensamento me fez questionar por várias vezes o porque de eu tomar alguma parte nessa guerra, e até esse momento, eu não sabia a resposta, mas se eu fiquei até o fim, algo mudou dentro de mim, desde que os conheci. Essa faísca alimenta meu desejo de encontrar essa paz que esses homens tanto buscam através da guerra. Sariel, e principalmente Keitaro, haviam despertado em mim esse sentimento de irmandade que a minha vida toda, eu não presenciei. Hoje, mais do que senseis, eles eram pessoas com quem eu me importava, e enquanto meu caminho estivesse entrelaçado com o deles, eu os seguiria. Ainda era um sentimento rudimentar, algo que eu precisaria desenvolver com o tempo, mas agora, era o suficiente para me manter focado no objetivo do bem maior:

- Eu sabia que não era o fim. Isso não vai parar até que Zetsubo esteja morto. - Eu disse.

Sariel imediatamente me repreendeu, e ordenou que eu retornasse, já que ele era o responsável pela missão. Parte de mim, ainda em conflito com a minha recém descoberta, dizia que eu deveria voltar e preservar minha vida, mas esse novo sentimento fazia essa escolha parecer questionável, e me colocava imediatamente em uma posição de ansiedade. Keitaro tomou a frente e me reconheceu agora, como um de seus iguais, dizendo que eu era livre para tomar minhas decisões, e que não me impediria de seguir seus passos. Poderia argumentar com Sariel de que a missão da qual ele me falou já havia acabado, e portanto, ele não detinha mais poder sob minhas decisões, mas Keitaro havia tornado tudo mais fácil. Eu não era mais o mesmo shinobi que chegou assustado e incerto no meio de um campo de batalha. Eu era um shinobi de Kumogakure, e as infindáveis vezes que eles salvaram minha vida durante esta batalha me mostraram que eu pertenço aquela vila, aquela aliança. E agora, eu estaria, pelo menos nesse momento, determinado a manter os pilares da aliança de pé.

Sariel e Keitaro haviam aberto uma boa distância na minha frente, mas não hesitei em segui-los o mais rápido que eu pude, totalmente incerto do que aconteceria, mas ciente de que eu estaria perto das pessoas que mais me motivaram durante toda minha vida.

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 443/550

Observações:

ícone : Mensagens : 400 Data de inscrição : 03/10/2020

Susume foi o último dos seus companheiros a entrar na fissura dimensional e o primeiro deles a surgir do outro lado. Diante dos seus olhos se amontoava uma série de encanamentos, dispostos lado a lado como o forro de um teto, e ao fundo, na escuridão, atravessavam a parede e desapareciam sabe-se lá para onde. Seus amigos chegariam um ou dois segundos depois, sempre lado a lado como se ainda estivessem numa missão, mas agora acompanhados por uma figura familiar, ainda que pessoalmente desconhecida. De cabelos desgrenhados e músculos tonificados, a presença de Ren Yuki juntamente àquele grupo lhes inundaria de segurança e esperança tão longo chegassem; era bom saber que não estavam sozinhos com o misterioso Mizukage. O general, entreolhando os aliados e a insígnia que lhes diferenciava dos algozes de Kirigakure, fez um gesto com os dedos, chamando pelo silêncio, e apontou para baixo.

Com um olhar mais apurado sobre a sua vizinhança, perceberiam estar sobre uma passarela metálica, próxima ao teto, de onde tinham visão privilegiada do que acontecia na altura do solo.

Era Zetsubo Hoshigaki

e Genryu Sarutobi, a sentinela que guardara a prisão por dez longos anos.

E não era necessário ter nenhuma habilidade sensorial para sentir o perigo que a aura pulsante do segundo apresentava aos seus. A hostilidade daquele homem era tamanha que mesmo Ren se sentia desconfortável a primeira vista.

O Mizukage rompeu o silêncio. Era do seu feitio o fazer. — Os votos de uma década atrás já não são mais necessários, Antigo Hokage. Kirigakure comanda o território do País das Ondas e seu Mizukage vem, diante de vós, conceder o indulto ao shinobi que jaz aqui, selado. — Ele disse, cruzando os braços e mantendo a guarda absolutamente em alta.

Genryu não respondeu. E não precisava. O indulto de autoridade alguma dentre as Grandes Nações Shinobi tinha validade sobre o prisioneiro ali mantido. Em resposta, no entanto, o Hokage sacou sua espada, manuseando-a como uma extensão se seu membro superior e colocando-a em posição. A lâmina, outrora clara como a neve, iluminou-se como uma lâmpada, e era possível observar seu calor moldando uma fina camada de ar sobre o aço, resultado da umidade ambiente gradativamente se aquecendo e evaporando. A intensidade do calor era tamanha que mesmo a uma distância de não mais que cem metros, o grupo sobre a passarela sentiriam como se estivessem a beira de uma grande pira de fogo.

— Este é o derradeiro aviso. Vá embora e não volte mais.— O sentinela de longa barba limitou-se a dizer.

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Esse é o tópico oficial do evento mundial A Guerra do Inverno. A postagem neste tópico só é permitida ao narrador e aos participantes do evento, lê-se aqueles inscritos neste tópico.

Cada um dos participantes terá 48 horas para postar de acordo com a ordem estabelecida por vocês neste primeiro turno. Peço encarecidamente que respeitem esse prazo e caso não possam postar no prazo, comuniquem previamente em nosso chat-privado no Discord para que tenhamos ciência.

A Batalha do Inverno está oficialmente ENCERRADA. Todos os participantes do evento receberão as recompensas ao final do tópico, com a conclusão do arco.

Por escolha própria, vocês entraram no portal e foram transportados ao País das Ondas. O cenário atual é o do subterrâneo de uma prisão de segurança máxima, com um único guarda: Genryu Sarutobi, o Shodaime Hokage. Uma vez que o portal não foi criado para vocês, por ironia do destino ou sorte vocês foram transportados numa área superior em relação ao que tudo está acontecendo. Em outras palavras, é como se estivessem de espectadores assistindo a um show no palco.

Boa sorte e divirtam-se. <3

ícone : Mensagens : 345 Data de inscrição : 27/11/2020

Who Am I?

All of these lines across my face, Tell you the story of who I am

O primeiro a atravessar, o último a chegar. Não sabia onde estava, mas a primeira coisa que fiz foi procurar por Keitaro, encontrando-o facilmente na minha frente, aproximando-me enquanto buscava sua mão, aproximando a minha, em um rápido entrelaçar de nossos dedos. — Obrigado por me acompanhar. — sussurrei, antes de perceber que não havíamos sido os únicos.

Susume, o que já era esperado, havia vindo mesmo que eu tivesse tentado impedir, por mais que quisesse protegê-lo, ele já tinha provado seu valor anteriormente, eu não tinha o direito de tirar a sua decisão como tinha feito, mas eu não conseguia deixar aquele sentimento de lado, aquela vontade de manter todos bens e protegido, longe das consequências daquela guerra.

Yuki Ren também tinha passado o portal, o que trazia um conforto imediato a nossa chegada, por mais que tivéssemos coragem de ir até ali, jamais conseguiríamos enfrentar Zetsubo sozinho, caso fosse necessário. Ordenou o silêncio, apontando para baixo, indicando-nos a uma cena inesperada.

Aquela pessoa. Eu já tinha lido sobre ela, só podia ser ela, seu nome era tão grande quanto as lendas contadas em seu nome. Era o antigo Hokage, Sarutobi Genryu. Minhas suspeitas foram confirmadas logo em seguida, com a frase proferida pelo Mizukage, que tinha como objetivo libertar aquele que estava selado por debaixo da proteção do antigo Hokage.

A atmosfera do ambiente tornava-se tão pesada quanto o olhar que Genryu jogou sobre o invasor. A lâmina foi sacada e um brilho inundou toda a sala, forte o suficiente para que fosse possível cegar parcialmente a visão daqueles que assistiam a cena, no entanto essa era a menor das consequências daquele ato, imediatamente era possível sentir todo o local se aquecer gradualmente, sendo suficiente para secar toda a saliva em minha boca e ressecar meus lábios imediatamente.

Aquela não era uma batalha que poderíamos contribuir, eu sabia daquilo, mesmo assim somente agora havia reconhecido a inocente decisão de minha coragem. Dei um passo para trás, sentindo aquele calor impedir até mesmo o suor em minha pele, encarei Ren, buscando não apenas uma resposta, mas talvez uma ordem.

Considerações:

Uchiha Sariel

600/600

275/700

─ Hye Ri

ícone : Mensagens : 452 Data de inscrição : 06/10/2020

a guerra do inverno

Se outrora eu temia uma aventura no desconhecido, agora eu ansiava pelo benefício da ignorância. Talvez se eu não tivesse conhecimento sobre as pessoas que se acumulavam naquela misteriosa localização eu conseguisse manter a calma e fosse capaz de me afastar das inúmeras paranoias que começavam a flutuar entre os pensamentos. "Nós não devíamos ter vindo aqui." — Era o amargo pensamento que se repetia, como um metrónomo, causando um pico de ansiedade não sentido até então, nem mesmo no ápice da violenta guerra.

A presença do general Ren com certeza era confortante, quiçá em sua ausência eu tentasse buscar uma rota de fuga, e o excesso de movimentação culminasse em nosso fim. "Isso aqui é algo muito maior do que uma simples guerra..." — Determinado pensamento se evidenciava, enquanto a onda de calor irradiava por todo o recinto, acariciando violentamente a pele pálida e gélida, dado o clima abrupto da localização anterior. Com o coração a mais de cem batidas por minuto, fiz um grande esforço para me manter em silêncio e estático, apenas observando com os demais aquele momento que, provavelmente, entraria para a história.

Keitaro: 310/550 HP :: 805/900 CH

Considerações:

ícone : Mensagens : 106 Data de inscrição : 20/06/2022

Inverno - ???

A passagem pelo portal foi quase como piscar o olho. Um borrão súbito que tomou forma de imediato revelando canos metálicos e uma passarela que sustentava o peso do meu corpo, em um lugar totalmente novo. Lembrava-me claramente de ter sido o último a cruzar o portal, mas certamente eu havia sido o primeiro a chegar no lugar. Raciocinar rápido era uma das minhas qualidades, e quando me vi sozinho num local totalmente desconhecido, a adrenalina tomou conta e o desespero começou a bater, pois eu sabia quem mais havia cruzado aquele portal: Zetsubo. Fui tranquilizado quase que imediatamente quando Sariel e Keitaro apareceram logo atrás, um pouco mais recuados, e respirando fundo para me controlar, me tranquilizei e fiquei feliz de descobrir que os mesmos estavam bem.

- Nossa, achei que eu estivesse sozinho... - Sussurei para os mesmos, obtendo a confirmação que sozinhos, definitivamente não estávamos.

Ren apareceu logo atrás de Sariel e Keitaro, e imediatamente nos deu uma ordem de silêncio. Ele aparentava saber mais sobre o que estava se passando do que nós. A adrenalina tinha me cegado por aqueles breves segundos, mas Ren havia nos mostrado o perigo iminente: Abaixo de nós, Zetsubo conversava com um velho senhor, que possuía semblante fechado por rugas e uma aura intrépida que intimidava até mesmo o soldado do País da Geada, dado seu semblante. Por mais que Zetsubo estivesse sendo politicamente educado, o velho não o recebeu com empatia, e sacou sua espada mesmo com toda cordialidade do Mizukage. Meus olhos não eram capazes de compreender o poder daqueles indivíduos, mas sei que o movimento do velhote lançou uma onda de ar quente no ambiente que me fazia suar. Do frio extremo do país da geada para a beira de um vulcão, era como eu sentia que a situação estava caminhando. O ar era tão quente e úmido que puxá-lo para dentro do meu pulmão era quase como me asfixiar. Os metais abaixo dos meus braços e pernas começavam e esquentar e ficar ardentes de forma súbita.

Apenas um único movimento do velhote e ele já era capaz de alterar drasticamente a temperatura do ambiente, imaginei que em uma luta real, ele devesse ser um verdadeiro causador de catástrofes. Não gostaria de ser pego no meio de uma luta dele contra Zetsubo, porque com certeza, o efeito colateral seria maior do que poderíamos sequer imaginar.

- Mas que diabos é isso...? - Falei enquanto tirava minhas mãos do metal já ardente.

Nara Susume | HP: 250/250 | CH: 443/550

Observações:

Re: [ Evento - Mundial ] A Guerra do Inverno